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Estado de Minas

Mais de 67% das fábricas de Minas Gerais têm terceirizados

Pa­ra 91,5% das em­pre­sas a re­du­ção dos cus­tos é o prin­ci­pal mo­ti­vo pa­ra a de­ci­são de ter­cei­ri­zar


postado em 04/04/2017 08:11 / atualizado em 04/04/2017 09:04

Pes­qui­sa fei­ta pe­la Fe­de­ra­ção das In­dús­trias de Mi­nas Ge­rais (Fie­mg) in­di­ca que 67,2% das in­dús­trias do es­ta­do ter­cei­ri­zam al­gu­ma de suas ati­vi­da­des nos úl­ti­mos três anos. Es­se per­cen­tual foi me­nor em re­la­ção ao re­sul­ta­do de 2014, quan­do 72,2% das in­dús­trias con­sul­ta­das dis­se­ram ter­cei­ri­zar par­te de suas ati­vi­da­des.

O es­tu­do rea­li­za­do em ou­tu­bro do ano pas­sa­do com 202 in­dús­trias foi di­vul­ga­do nessa segunda-feira (3), lo­go após a san­ção pe­lo pre­si­den­te Mi­chel Te­mer (PMDB), na sex­ta-fei­ra pas­sa­da, do pro­je­to que re­gu­la­men­ta a ter­cei­ri­za­ção no Bra­sil.

A Fie­mg é fa­vo­rá­vel ao pro­je­to e afir­ma que ele vai aju­dar a re­du­zir cus­tos da in­dús­tria e rea­que­cer a eco­no­mia.

Pa­ra 91,5% das em­pre­sas a re­du­ção dos cus­tos é o prin­ci­pal mo­ti­vo pa­ra a de­ci­são de ter­cei­ri­zar. Em se­gun­do lu­gar (88,6%) foi apon­ta­do o gan­ho de tem­po e em se­gui­da o au­men­to da qua­li­da­de de ser­vi­ços (84,1%).

O le­van­ta­men­to apon­ta tam­bém que o ser­vi­ço mais re­pas­sa­do pa­ra ou­tras em­pre­sas é o de mon­ta­gem e/ou ma­nu­ten­ção do equi­pa­men­to (50,9%), se­gui­do pe­lo se­tor de lo­gís­ti­ca e trans­por­te (48%), con­sul­to­ria téc­ni­ca (42,8%), se­gu­ran­ça e vi­gi­lân­cia (38,7%), tec­no­lo­gia de in­for­ma­ção (33,5). As gran­des in­dús­trias fo­ram as que mais uti­li­za­ram ser­vi­ços ter­cei­ri­za­dos nos úl­ti­mos três anos (78,7%), se­gui­da das mé­dias (63,7%) e das pe­que­nas in­dús­trias (61,5%). Ape­sar dis­so, ape­nas 21% das em­pre­sas pre­ten­dem am­pliar a con­tra­ta­ção ter­cei­ri­za­da.

Em 2014, da­ta da úl­ti­ma son­da­gem, 25% ti­nham in­te­res­se em au­men­tar es­se ti­po de con­tra­ta­ção. Nas in­dús­trias de gran­de por­te, 14% pre­ten­dem am­pliar a ter­cei­ri­za­ção. Quem mais pre­ten­de au­men­tar são as em­pre­sas de pe­que­no (27%) e mé­dio por­te (22%). De acor­do com a pes­qui­sa, a maio­ria das in­dús­trias mi­nei­ras ve­ri­fi­ca se as em­pre­sas con­tra­ta­das cum­prem o pa­ga­men­to de en­car­gos tra­ba­lhis­tas e as nor­mas de saú­de e se­gu­ran­ça no tra­ba­lho.

O pre­si­den­te do Con­se­lho de Re­la­ções do Tra­ba­lho da Fie­mg, Os­ma­ni Tei­xei­ra, de­fen­de o pro­je­to e afir­ma que ele vai co­lo­car fim à in­se­gu­ran­ça ju­rí­di­ca que ho­je ron­da es­se ti­po de con­tra­ta­ção.

No en­tan­to, ele aler­ta pa­ra os ris­cos da in­dús­tria con­fun­dir ter­cei­ri­za­ção com “lo­ca­ção de mão de obra”.

Na ter­cei­ri­za­ção eu con­tra­to ser­vi­ços e es­tou proi­bi­do de dar or­dens pa­ra o em­pre­ga­do”, aler­ta. Se­gun­do ele, o me­do de ações na Jus­ti­ça é o prin­ci­pal en­tra­ve pa­ra es­se ti­po de con­tra­ta­ção nas in­dús­trias.

De acor­do com a pes­qui­sa, pa­ra 66,7% das in­dús­trias a in­se­gu­ran­ça ju­rí­di­ca e pos­sí­veis pas­si­vos tra­ba­lhis­tas são os prin­ci­pais obs­tá­cu­los à ter­cei­ri­za­ção. Ou­tros pro­ble­mas apon­ta­dos são a qua­li­da­de me­nor do que es­pe­ra­da dos ser­vi­ços ter­cei­ri­za­dos (34%), a fis­ca­li­za­ção tra­ba­lhis­ta (32%), e os cus­tos maio­res do que o es­pe­ra­do (30,7%), o au­men­to do ris­co no pro­ces­so pro­du­ti­vo (19%), o ex­ces­so de ro­ta­ti­vi­da­de (17,6%). Os­ma­ni ava­lia que es­sa re­gu­la­men­ta­ção vai aju­dar no au­men­to das con­tra­ta­ções ter­cei­ri­za­das que, se­gun­do ele, são uma ten­dên­cia no mun­do in­tei­ro.


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