(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Apostas de especialistas indicam que juros devem recuar

Sucessão de notícias positivas, que vão da desaceleração da inflação à aprovação da PEC do teto de gastos, reforça as previsões de economistas


postado em 17/10/2016 06:00 / atualizado em 17/10/2016 07:51

Brasília – A semana começa com a expectativa de queda na taxa básica de juros (Selic) pela primeira vez desde outubro de 2012. A sucessão de notícias positivas para a economia nas últimas semanas — desaceleração da inflação, aprovação em primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que limita os gastos públicos à inflação do ano anterior, e a queda do preço da gasolina e do diesel nas refinarias — reforçam a opinião de especialistas de que o recuo ocorra já na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que termina na quarta-feira.

A dúvida dos analistas é sobre a intensidade do corte – 0,25 ou 0,5 ponto percentual (p.p). Há economistas que apostam em redução de 0,25 p.p nesta e na próxima reunião, assim como quem acredita em uma única queda de 0,5 p.p. neste mês. Pela projeção do boletim Focus, do Banco Central (BC), a Selic encerrará o ano 13,75% – atualmente, está em 14,25%. O Copom volta a se reunir em 29 e 30 de novembro.

Há, no entanto, analistas que apostam em uma Selic inferior a 13,75%. Para esses especialistas, o cenário econômico aponta para um horizonte tão positivo que levaria a autoridade monetária a colocar a taxa básica em 13,25% ao fim de 2016. Outros economistas, entretanto, entendem que não há tanto espaço para uma redução tão agressiva, uma vez que a inflação continua alta. Em 12 meses acumulados até setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em 8,48%.

Os contratos de juros futuros negociados na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) demonstravam otimismo sobre a queda da Selic desde o início do mês, quando foi divulgada uma desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em setembro. A taxa para janeiro de 2018, que era negociada a 12,01% caiu para 11,96% ao ano. A com vencimento no primeiro mês de 2019, antes negociada a 11,40% caiu para 13,32% ao ano; e a para 2021, de 11,33% para 11,26%.

SINALIZAÇÃO
Ontem, em Goa (Índia), onde participa ao lado do presidente Michel Temer, da Cúpula do Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — o ministro das Relações Exteriores, José Serra, corroborou as projeções dos economistas. Para ele, a queda dos índices de preços pode levar à redução das taxas de juros “nos próximos meses”. “Vai acontecer, dadas as condições atuais de retração da inflação e alguns casos como o da Petrobras”, complementou, referindo-se ao anúncio, pela estatal, da redução do preço da gasolina e do diesel.

Desde a divulgação da ata do encontro do Copom no fim de agosto, quando o trecho “não haver espaço para a flexibilização da política monetária” do documento de julho foi retirado, o mercado aposta em recuo neste mês. O sentimento foi reforçado, ainda, pelo Relatório de Inflação do BC que prevê IPCA na meta já em 2017.

As últimas declarações do presidente da autoridade monetária, Ilan Goldfajn, em Washington, na semana passada também sinalizam para o recuo da Selic. Em evento na Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, ele afirmou que a inflação do país “está na direção correta” e os esforços fiscais do governo “começaram bem e confortam o BC”.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)