(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Expectativa de reformas repercute na Bolsa de Valores


postado em 18/05/2016 06:00 / atualizado em 18/05/2016 07:54

Brasília – O anúncio da equipe econômica teve repercussões diferentes entre os mercados. A Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) fechou em queda de 1,86%, a 50.839 pontos. Para analistas, parte desse recuo é explicada pela recuperação econômica dos Estados Unidos, o que levou o mercado norte-americano a precificar um aumento da taxa de juros. Já a variação do dólar, por sua vez, reagiu melhor ao cenário interno. Ontem, a divisa norte-americana caiu 0,36%, cotado a R$ 3,492 na venda.

 

Diferente das ações na bolsa, o mercado de dólar reagiu melhor à equipe econômica, apesar da previsão de aumento dos juros nos EUA. Outras moedas não tiveram a mesma valorização que o real teve frente à divisa norte-americana. O euro fechou com queda a 0,06%. Na direção oposta, o iene fechou com alta de 0,46% e o peso argentino, com crescimento de 0,61%.

Quando investidores estão receosos em investir, a tendência natural é recorrer à compra de dólares. A ideia é que, com a perspectiva de elevação dos juros pelo Fed, o custo do dólar suba, o que torna a divisa mais atrativa para os investidores, gerando a depreciação de outras moedas. No caso do real, a valorização não ocorreu por conta da boa impressão com a equipe anunciada por Meirelles, avalia o analista Hugo Monteiro, da BullMark Financial Group.

“O mercado aposta que, com os nomes escolhidos por Meirelles, o governo atuará com mais rigor no equilíbrio fiscal. E isso leva o mercado a apostar em uma diminuição da percepção de risco no Brasil”, analisou ele.

Os nomes anunciados pelo ministro da Fazenda sugerem que o governo Michel Temer deve trabalhar em uma ambiciosa agenda de reformas, avaliou a consultoria de risco político Eurasia. Além disso, afirma a consultoria, a escolha do economista Ilan Goldfajn para o Banco Central (BC) representa um ganho de credibilidade para a autoridade monetária.

Embora a nova equipe econômica seja uma mostra de compromisso com o ajuste fiscal, o Congresso deve continuar sendo uma barreira à aprovação de reformas, diz a Eurasia. Os avanços, portanto, tendem a ser modestos. A ida de Ilan Goldfajn para a presidência do BC será “chave” para o sucesso da nova equipe econômica do governo Michel Temer, na visão do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi. Para o gerente de economia da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Guilherme Leão, “é sinal de independência do órgão regulador do sistema bancário”. “Se houver um avanço na linha de ajuste fiscal, haverá condições para a redução da taxa de juros e, consequentemente, da inflação”, aposta. (Com Luciane Evans)

Bancos oficiais

A indefinição sobre a escolha do novo presidente da Caixa Econômica Federal adiou o anúncio dos nomes dos novos presidentes dos bancos públicos – Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia, além da Caixa. Questões políticas travam as negociações em relação à Caixa. O ex-ministro Gilberto Occhi seria um dos nomes cogitados para o comando da instituição. Não há data definida para a nomeação dos executivos dos bancos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)