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Estado de Minas

Meirelles anuncia o nome do presidente do Banco Central

Em coletiva na manhã desta terça-feira, em Brasília, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou parte da nova equipe econômica. O primeiro nome revelado foi o do economista Ilan Goldfajn para a presidência do BC


postado em 17/05/2016 08:25 / atualizado em 17/05/2016 10:51

Novo ministro do Banco Central, Ilan Goldfajn(foto: Gervasio Baptista/ABr - 30/09/2002)
Novo ministro do Banco Central, Ilan Goldfajn (foto: Gervasio Baptista/ABr - 30/09/2002)
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou na manhã desta terça-feira Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Central  (BC) no lugar de Alexandre Tombini, que ficou quase seis anos no cargo. Goldfajn já foi  diretor de Política Econômica do  BC no mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso(1995/2002) e no início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2010).

O novo presidente do Banco Central era economista-chefe e sócio do Itaú Unibanco até ter o nome indicado para o cargo no governo Michel Temer. Para ser confirmado, Goldfajn precisará ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Até lá Tombini continua na presidência do BC.

O ministro Henrique Meirelles destacou que o presidente do Banco Central perde no governo do presidente interino Michel Temer o status de ministro. No entanto, anunciou Meirelles, será enviada ao Congresso uma PEC para que o presidente e diretoria do Banco Central  não percam o foro especial em caso de questionamentos e processos judiciais.

O ministro da Fazenda também disse que o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, continua no cargo.

Autonomia e independência

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, também disse na manhã desta terça-feira que a autonomia de decisão do Banco Central não se confunde com independência. De acordo com o ministro, o que será definida é a autonomia técnica."Não há definição de mandatos para o presidente do BC", afirmou Meirelles.

Mercados

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, enfatizou que preferiu fazer o anúncio de parte da nova equipe econômica, em especial do presidente do Banco Central, antes da abertura dos mercados. Inicialmente, a coletiva desta terça-feira estava marcada para começas às 11 horas.

Além de Ilan Goldfajn para o BC, Meirelles anunciou Mansueto de Almeida Júnior para a Secretaria de Acompanhamento Econômico e Carlos Hamilton para a Secretaria de Política Econômica.

Previdência

Com o fim do Ministério da Previdência, o governo Temer anunciou que incorporaria a pasta ao Ministério da Fazenda. Nesta terça-feira, conforme prometido, Meirelles anunciou Marcelo Caetano para a Secretaria da Previdência, que ficará sob  o comando da Fazenda. Caetano é economista pelo Ipea desde 1997.

Meirelles disse que Secretaria da Previdência tem como finalidade formular uma política de Previdência no Brasil. Em relação à reunião do presidente interino Michel Temer com as centrais sindicais, ocorrida nessa segunda-feira (16) para tratar da reforma da Previdência, o ministro disse que ficou decidido que uma proposta de reforma deve ser apresentada em 30 dias. "Não temos uma proposta pronta e não vamos fazer nada precipitado", disse.

Bancos públicos

Meirelles disse também na manhã desta terça-feira que novas decisões serão tomadas nos próximos dias a respeito de nomes da equipe econômica. A próxima rodada de anúncios será sobre os bancos públicos. Segundo o ministro,  alguns gestores poderão ser mantidos.

Déficit

O ministro disse ainda que "a prioridade total" nos próximos dias é revisar os dados sobre o tamanho do déficit fiscal. Meirelles disse que  a meta é revisar os números atuais do déficit. "Aí, sim, pode-se trabalhar em uma meta", afirmou.

CPMF

"Ainda não definimos sobre a CPMF. Qualquer decisão sobre o assunto é prematuro antes de conhecermos os números", disse o ministro. A sinalização na sexta-feira (13) de que o governo pode voltar com a CPMF, ainda que de forma temporária, causou reações de setores econômicos representados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Currículo

Economista com mestrado pela PUC do Rio de Janeiro e doutorado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), Ilan Goldfajn já atuou em organizações internacionais, como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e as Nações Unidas.

Goldfajn também foi diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa da Casa das Garças, ligada ao PSDB, entre 2006 e 2009, foi sócio-fundador da Ciano Consultoria (2008 e 2009), sócio-fundador e gestor da Ciano Investimentos (2007-2008) e sócio da Gávea Investimentos (2003-2006), de Armínio Fraga, onde foi responsável pelas áreas de pesquisas macroeconômicas e análise de risco.

Tombini


Alexandre Tombini, que deixa o cargo assim que Ilan Goldfajn fo sabatinado pelo Senado, foi nomeado pela presidente afastada Dilma Rousseff em novembro de 2010. Tombini formou-se em economia pela Universidade de Brasília em 1984 e obteve um Ph.D na mesma área pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, em 1991.

Tombini é servidor concursado do Banco Central desde 1998, tendo ocupado diversos cargos na instituição, como diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do Banco Central. Afastou-se do banco entre 2001 e 2005, quando exerceu o cargo de assessor sênior da Diretoria Executiva no escritório da representação brasileira do Fundo Monetário Internacional, sempre colaborando nas negociações do Brasil com o órgão.


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