(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Usiminas diminui perda no trimestre

Siderúrgica tem prejuízo de R$ 151,4 mi este ano, valor 35,7% abaixo do registrado de janeiro a março de 2015


postado em 26/04/2016 06:00 / atualizado em 26/04/2016 07:49

A despeito do novo encolhimento do mercado nacional de produtos siderúrgicos, a Usiminas reduziu o seu prejuízo líquido sofrido no primeiro trimestre deste ano para R$ 151,4 milhões, cifra 35,7% inferior ao resultado negativo verificado pela maior produtora brasileira de aços planos de janeiro a março de 2015 (R$ 235,380 milhões). Em três meses de dificuldades persistentes para o setor e, principalmente para a companhia, que está na expectativa de um processo de capitalização de R$ 1 bilhão pelos acionistas, o volume de vendas de 903 mil toneladas de aço caiu 25%, ante o quarto trimestre do ano passado.


Ainda sob os efeitos da forte desaceleração do consumo, a empresa conseguiu reverter para positivo o Ebitda ajustado (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 51,6 milhões entre janeiro e março, quando no período de outubro a dezembro de 2015 a conta ficou negativa em R$ 249,9 milhões. O resultado, no entanto, ainda está longe dos R$ 379,534 milhões registrados um ano atrás. Ao conversar, ontem, com analistas de bancos e corretoras sobre o balanço do primeiro trimestre, o presidente da Usiminas, Rômel Erwin de Souza, destacou o esforço feito para melhora operacional e financeira da siderúrgica.


O executivo enfatizou as medidas de reconfiguração industrial com a paralisação das áreas de produção da usina de Cubatão; adequação de quadros, redução de despesas, estoques e de investimentos; venda de ativos e controle de capital de giro. “Continuamos focados em ações que sejam capazes de melhorar os nossos resultados, como demonstração de nosso compromisso com acionistas, investidores, clientes, credores, empregados e comunidades onde atuamos. Nossas linhas mestras são a credibilidade e a liquidez, que dão sustentação aos nossos negócios”, afirmou Rômel Souza.


As ações preferenciais da companhia tiveram baixa de 10,38% na Bolsa de Valores de São Paulo, liderando o recuo dos papéis no pregão, cotadas a R$ 2,33. Com a desaceleração da economia, os negócios no mercado interno diminuíram 14,1% no primeiro trimestre, também analisados em relação a outubro, novembro e dezembro de 2015, totalizando 758 mil toneladas. As exportações também recuaram, neste caso a um ritmo bem maior, de 55%, ao somarem 145,3 mil toneladas.

Na Mineração Usiminas, contudo, a produção, que foi de 701 mil toneladas, subiu 6% no primeiro trimestre, em relação ao período de outubro a dezembro de 2015. As vendas alcançaram 974 mil toneladas, representando aumento de 45% na comparação com o último trimestre do ano passado, segundo o vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, Ronald Seckelmann, aproveitando “uma janela de oportunidade”.


Quanto ao processo de readequação do perfil da dívida da Usiminas, o balanço trimestral mostrou redução de 5,8% da dívida bruta consolidada, que passou de R$ 7,7 bilhões no fim de dezembro de 2015 para R$ 7,4 bilhões em 31 de março passado. A diferença foi atribuída à valorização do real frente ao dólar, de 8,9% no período.

Rivais na mesa

Por meio de fato relevante, a Usiminas informou, ontem, que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aceitou parecer jurídico que permite à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), acionista da rival, indicar dois membros titulares e um suplente para o Conselho de Administração da siderúrgica mineira durante assembleia de acionistas marcada para quinta-feira.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)