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Estado de Minas

Inflação da baixa renda sobe 0,44%

Alta em março é inferior à de fevereiro, mas acumulado em 12 meses é de 9,99% para quem ganha até R$ 2,2 mil


postado em 06/04/2016 00:12

A inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou alta de 0,44% em março, ante alta de 0,73% em fevereiro, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) divulgado ontem, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre um e 2,5 salários mínimos (R$ 880 a R$ 2.200). Com o resultado, o índice acumulou alta de 3,10% no ano e aumento de 9,99% em 12 meses.
A conta de luz voltou a ficar mais barata em março para as famílias de baixa renda e ajudou a frear a inflação medida pelo IPC-C1. A tarifa de eletricidade residencial, que já tinha recuado 2,33% em fevereiro, acentuou a queda para 4,09% em março. No mesmo período, a inflação pelo IPC-C1 desacelerou 0,29 ponto percentual.


Essa redução, gerada pela retirada da bandeira tarifária das contas de luz, pode ter seu efeito anulado a partir de agora, quando começam os reajustes pleiteados pelas concessionárias junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ontem, a agência aprovou reajuste de 7,55% nas tarifas da CPFL Paulista. Para consumidores conectados à alta tensão, o aumento será de 6,56%, e para a baixa tensão (residenciais e comerciais), 8,23%. A CPFL Paulista atende a 4,2 milhões de unidades consumidoras em 234 municípios paulistas, entre eles Campinas, Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto. A agência aprovou ainda aumentos de 9,11% e 7,40% para os consumidores de baixa tensão no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, respectivamente. Em  todos os casos, o reajuste entra em vigor partir de sexta-feira.
n Baixas e altas no
bolso do brasileiro

Em março, quatro das oito classes de despesa que integram o IPC-C1 tiveram taxas de variação menores do que no mês anterior: Transportes (de 1,55% em fevereiro para 0,19% em março), Habitação (de 0,08% para -0,43%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,58% para 0,36%) e Despesas Diversas (de 1,84% para 0,97%). Além da conta de luz, outros destaques foram as tarifas de ônibus urbano (de 1,82% em fevereiro para 0,06% em março), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,93% para 0,27%) e cigarros (de 3,02% para 1,27%).


Na direção oposta, houve aceleração no ritmo de aumento de preços nos grupos Alimentação (de 1,01% para 1,21%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,38% para 0,42%), Vestuário (de 0,31% para 0,37%) e Comunicação (de 0,66% para 0,69%). Segundo a FGV, os itens que contribuíram para o movimento foram laticínios (de 0,85% para 2,89%), hotel (de -1,97% para -0,21%), roupas (de 0,21% para 0,50%) e tarifa de telefone móvel (de 1,07% para 1,45%).
A taxa do IPC-C1 de março foi inferior à inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos O Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-Br) mostrou alta de 0,50% no mês passado. Ambos são calculados pela FGV. No acumulado em 12 meses, entretanto, o IPC-C1 ficou em 9,99%, patamar superior ao do IPC-BR, que avançou 9,37% em igual período.


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