O desemprego em setembro foi estimado em 5,9% em Belo Horizonte, superior aos resultados de setembro de 2014 (3,8%), mas inferior a agosto de 2015 (6,7%), segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No país, a taxa atingiu 7,6% em setembro, maior índice para o mês desde 2009, quando bateu 7,7%. Em setembro de 2014, a taxa era 4,9%.
Na capital, o contingente de desocupados, em setembro de 2015, foi estimado em 155 mil de pessoas, crescimento de 56,6% em relação a setembro de 2014. Já o número de ocupados foi de 2.451 mil pessoas, uma redução de 2,1% frente ao mesmo mês de 2014 (menos 52 mil pessoas). Ainda na comparação anual, o contingente de empregados com carteira assinada no setor privado registrou queda de 65 mil pessoas (-4,7%) e o dos trabalhadores por conta própria aumentou 5,3% (mais 23 mil pessoas).
Segundo Antônio Braz, analista do IBGE em Minas, a redução na taxa de desemprego em setembro ante agosto pode ser reflexo de ajustes de fim de ano. "Vários setores, em especial o comércio, reforça o quadro de funcionários já nesse período", observa. Já na comparação anual, a alta no índice se deve, contudo, ao cenário de dificuldade econômica do país. O número de pessoas que estão atrás de emprego no país continuou a crescer em setembro, seja porque foram demitidas ou porque passaram a procurar uma vaga nos últimos 12 meses.
O setor que acumulou os maiores cortes de vagas na comparação anual foi a indústria, com 49 mil postos fechados, enquanto o comércio criou 25 mil vagas. "A indústria já vem sofrendo essa trajetória de queda há alguns anos. Não é novidade a dificuldade que o setor enfrenta em lidar com os indicadores ruins da economia", disse Antônio Braz.
Renda Em Belo Horizonte, o rendimento médio real da população ocupada, estimado em R$ 2.122,02 em setembro de 2015, apresentou aumento no mês (5,7% frente a agosto de 2015) e queda no ano (-0,1% frente a setembro de 2014). "Com a queda no número de pessoas ocupadas e salário estável, há a diminuição da massa de rendimento, ou seja, menos renda para consumir, o que afeta os serviços e o comércio. É um círculo perverso que se prolonga", finaliza o analista do IBGE.
No país, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.179,80: ficou 0,8% menor que o verificado em agosto (R$ 2.196,54) e 4,3% abaixo do apurado em setembro de 2014 (R$ 2.278,58). A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em 50,1 bilhões em setembro de 2015. Está 0,6% menor que a estimada em agosto. Na comparação anual esta estimativa recuou 6,1%. (Com agências)