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Estado de Minas

Dólar cai e fecha a R$ 3,819, depois que o BC anunciou leilão de venda direta

Neste ano, a moeda americana já subiu 43,64%. No mês, há alta acumulada de 5,29%


postado em 08/09/2015 17:15 / atualizado em 08/09/2015 17:27

(foto: Luiz Costa/AFP )
(foto: Luiz Costa/AFP )

O dólar fechou em baixa de 1,07% nesta terça-feira, cotado a R$ 3,819 para venda. Na mínima da sessão, a moeda norte-americana perdeu 2,1%, a R$ 3,7793. A queda se deve a maior intervenção no Banco Central (BC) no mercado de câmbio realizada nesta terça. O BC decidiu vender hoje até US$ 3 bilhões das reservas internacionais, com o compromisso de comprar novamente os dólares em novembro. Com mais dólares no mercado, o banco tenta conter a alta da divisa.

Neste ano, a moeda americana já subiu 43,64%. No mês, há alta acumulada de 5,29%. Na sexta-feira, último pregão antes do feriado prolongado de 7 de setembro, o dólar terminou o dia a R$ 3,86, com alta de 2,68%. A cotação foi a mais alta desde outubro de 2002. Os últimos cinco dias foram de trajetória ascendente do dólar, que reagiu a incertezas políticas e econômicas e à crise chinesa.

Intervenção do BC

A operação, chamada no mercado de leilão de linha direta, não era feita pelo BC desde março deste ano. Naquele mês, o órgão anunciou um leilão de rolagem (renovação de vendimento), mas além da renovação, vendeu US$ 200 milhões. A última vez que banco fez um leilão de linha, sem rolagem, foi em dezembro de 2014, quando vendeu US$ 2 bilhões. Ao vender dólares por meio dos leilões de linha, o BC retira dólares das reservas internacionais, mas apenas por um período. O dinheiro volta às reservas com a compra feita pelo BC na data estabelecida no leilão.

Além desse leilão de linha anunciado para hoje, o banco tem usado outra ferramenta para intervir no mercado de câmbio: os swaps cambiais. Nesse caso, a intervenção não compromete as reservas internacionais. O BC oferta contratos de troca de rendimento no mercado futuro. Apesar de serem em reais, as operações são atreladas à variação do dólar. No swap cambial, a autoridade monetária aposta que o dólar subirá mais que a taxa DI (taxa de depósito interbancário, ou seja, a cobrada em transações entre bancos). Os investidores apostam o contrário. No fim dos contratos, ocorre uma troca de rendimentos (swap) entre as duas partes. Quando o dólar sobe, o BC tem prejuízo proporcional ao número de contratos em vigor. Quando a cotação cai, os investidores deixam de lucrar.

Nos meses em que o dólar sobe, o BC tem prejuízo com as operações de swap. Quando a cotação cai, o órgão tem lucro. Os resultados são transferidos para os juros da dívida pública, aliviando as contas públicas quando os contratos de swap são favoráveis à autoridade monetária e precisando ser cobertos com as emissões de títulos públicos pelo Tesouro Nacional quando ocorrer o oposto. O BC tem feito leilões para rolagem de contratos de swaps cambiais.

Com agências


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