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Estado de Minas

Fed está mais próximo de elevar juros em setembro, dizem analistas

Mercado avalia que Estados Unidos devem subir taxa básica na próxima reunião


postado em 29/07/2015 17:31 / atualizado em 29/07/2015 18:02

São Paulo - O comunicado da reunião de política monetária do Fed encerrada nesta quarta-feira dividiu a opinião dos analistas. Para alguns deles, há claros sinais de que o novo ciclo de elevação nos juros básicos dos Estados Unidos terá início em setembro.

Em relatório enviado a clientes, o Credit Suisse afirma que o Fed não estava preparado para dar um sinal claro e forte de que está pronto para iniciar o ciclo de aperto monetário em setembro. Mas ele teria dado o recado de forma modesta, ao afirmar que a necessidade de "alguma melhoria adicional no mercado de trabalho", ao invés de apenas "melhoria adicional no mercado de trabalho".

"Uma mudança sutil, é verdade, mas que mantém a perspectiva de início do aumento de juros em 17 de setembro. Mantemos nossa visão de que o Fed vai elevar a taxa dos Fed Funds em 25 pontos-base na sua próxima reunião", destaca a economista Dana Saporta, do Credit Suisse.

O colunista do site MarketWatch Rex Nutting diz que ao ler nas entrelinhas do comunicado do Fed, é possível perceber que todas as condições exigidas para que os juros subam foram alcançadas.

Ele destaca que o Fed tem reiterado que "será apropriado aumentar os juros dos Federal Funds quando for visto mais melhoria no mercado de trabalho e razoável confiança de que a inflação se moverá em direção da meta de 2% no médio prazo". Essas condições, em sua opinião, já existem.

Ao afirmar que "uma série de indicadores do mercado de trabalho sugere que a subutilização dos recursos tem diminuído desde o início deste ano", o Fed está dizendo que tem "visto alguma melhoria adicional no mercado de trabalho", ressalta Nutting.

No que se refere à inflação, ele afirma que a condição de estar "razoavelmente confiante" de que ela irá subir tem sido cumprida há algum tempo. O comunicado de hoje repete o trecho: "O Comitê espera que a inflação subirá gradualmente para 2% no médio prazo, conforme o mercado de trabalho melhore mais e os efeitos transitórios de quedas anteriores nos preços de energia e de importações se dissipem."

Já o economista Steve Murphy, da consultoria britânica Capital Economics, afirma que o Fed não forneceu nenhuma pista clara de que os juros subirão em setembro. "Ainda assim, isso não significa que não acontecerá, especialmente com o comunicado de hoje soando um pouco mais otimista com a economia."

A Capital Economics prevê que haverá elevação de juros nos EUA em setembro e dezembro, levando a meta dos Fed Funds, atualmente entre 0% e 0,25%, para a faixa de 0,50% a 0,75% no fim do ano.

"Não devemos dar muito peso para o fato de que não houve dissidentes na decisão de hoje. Afinal, ninguém divergiu em junho, mas a ata revelou que um membro estava pronto para subir juros. A ata também mostrou que 15 dos 17 dirigentes esperam que os juros subam neste ano e 10 dos 17 antecipam duas elevações de 25 pontos-base", observa Murphy.


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