O governo grego confirmou nesta quarta-feira que enviou na terça-feira aos credores "uma nova proposta com uma série de modificações" em relação a que foi apresentada por estes, acompanhada de uma carta do primeiro-ministro Alexis Tsipras à UE, BCE e FMI.
Na carta ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, ao presidente do BCE, Mario Draghi, e à diretora gerente do FMI, Christine Lagarde, Tsipras detalha as propostas gregas, explicando que o IVA deve permanecer em 13% para os hotéis, e não 23%, como desejam os credores.
Também afirma que seguirá em vigor a redução do IVA nas ilhas gregas, um dos pontos de divergência nas negociações entre Atenas e os credores. Atenas propõe ainda a aplicação a partir de setembro da reforma do setor trabalhista, com o retorno das convenções coletivas, suprimidas como parte das medidas de austeridade dos últimos anos.
O primeiro-ministro se mostra, no entanto, aberto a algumas concessões, como a redução dos gastos militares em 400 milhões de euros, e não em 200 milhões, como desejava a princípio. Também está disposto a adotar uma reforma previdenciária a partir de outubro de 2015.