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Estado de Minas

Empresários são presos por sonegação de impostos na venda de bebidas

Estimativa é que o prejuízo chegue a R$ 300 milhões para os cofres públicos


postado em 30/04/2015 08:48 / atualizado em 30/04/2015 14:00

Galpão da empresa Ecomix, no Bairro Nacional, na capital (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A/Press)
Galpão da empresa Ecomix, no Bairro Nacional, na capital (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A/Press)

Dois empresários foram presos na manhã desta quarta-feira suspeitos de sonegar impostos na vendas de bebidas. A ação foi desencadeada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Receita Estadual e a Polícia Militar e faz parte da terceira etapa da “Operação Dono do Mundo”, que começou no fim de 2014. A estimativa é que o prejuízo chegue a R$ 300 milhões para os cofres públicos.

Segundo o promotor de Justiça Mário Higuchi, o alvo da operação é a distribuidora Eco Mix, que atuava em Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, além do Distrito Federal. A empresa vendia bebidas para outros estados fazendo antes simulação de negócio para pagar alíquotas menores de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Um exemplo dado foi da venda de uísque para São Paulo. Em um dia, a empresa teria emitido nota fiscal para Goiás, no dia seguinte, a empresa de Goiás vendeu a mesma quantidade de uísque para uma empresa paulista. Ou seja, o uísque não saiu de Minas para Goiás, ele foi direto para São Paulo, já que a alíquota de Goiás é de 7% e a de Minas 25%. A suspeita é de que a fraude tenha lesado os cofres públicos em R$ 50 milhões.

Foram presos Diego Vinícius de Oliveira Silva, dono da Eco Mix e Jairo Cláudio Rodrigues, que estaria à frente do esquema e que é dono do grupo Space Minas, atacadista mineiro do ramo alimentício investigado na segunda fase da operação. Segundo o MP, a Eco Mix teria assumido os negócios da Space depois da segunda fase da operação. Com isso, seu faturamento aumentou de R$ 10 pra R$ 50 milhões em 2014 no comparativo com 2013, mas o recolhimento de ICMS manteve-se estável.

Ao todo, foram expedidos três mandados de prisão e quatro de busca e apreensão em Belo Horizonte e em Contagem. O terceiro empresário procurado é José Rodrigues, irmão de Jairo Rodrigues.


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