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Estado de Minas

Até posto de trabalho no chão de fábrica da Petrobras é indicado por 'padrinho'

Especialistas criticam a metodologia de escolha de gestores para a companhia e avaliam que o processo deveria levar em conta as qualidades técnicas


postado em 10/02/2015 06:00 / atualizado em 10/02/2015 07:24

Brasília – Quando o assunto é indicação de cargos na Petrobras, os políticos não economizam. Conforme o representantes dos empregados no conselho de administração da estatal, Sílvio Sinedino, até para conseguir um posto no chão de fábrica da companhia é necessário respaldo do governo ou de entidades sindicais ligadas ao Executivo. Especialistas criticam a metodologia de escolha de gestores para a companhia e avaliam que o processo deveria levar em conta as qualidades técnicas dos candidatos.


Em vídeo postado nessa segunda-feira no site que mantém para informar os empregados da petroleira sobre as deliberações do colegiado, ele comentou que a Federação Única dos Petroleiros (FUP), ligada a Central Única dos Trabalhadores (CUT), possui ex-coordenadores em funções de gerência e coordenação. Sinedino perdeu as eleições para representar os funcionários da estatal para o coordenador-geral do sindicato dos petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), Deyvid Bacelar, e deixará o conselho em abril. “Espero que meu sucessor tenha uma postura independente. Se é que a FUP consegue fazer isso porque tem muitos interesses nas gerencias da Petrobras”, disse ele.

Disputas


Durante a campanha para escolher o novo representante dos petroleiros, a entidade ligada à CUT divulgou um manifestou intitulado “Por que os trabalhadores não devem votar em Sílvio Sinedino”. Mas as disputas por poder na estatal vão além das brigas sindicais. O chefe da diretoria Corporativa e de Serviços, José Eduardo Dutra, foi presidente do PT e já comandou a estatal no primeiro mandato do governo Lula. Além dele, Paulo Otto Von Sperling, chefe da ouvidoria-geral, trabalhou com Dutra e José Dirceu no Congresso Nacional.

O consultor da Interact Energia Rafael Herzberg destacou que a escolha de Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras deve manter o esquema de cotas políticas em vários cargos. “Ele próprio é uma indicação política. Sua nomeação foi feita para bllindar o governo e manter as cotas. Ele pode até tentar disfarçar isso, mas não terá condições de fazer a limpeza necessária”, afirmou. Para ele, o ex-presidente do Banco do Brasil tem a missão de proteger os demais indicados políticos que fazem carreira na Petrobras.

Herzberg ainda comentou que o governo é o responsável pela sucessão de problemas identificados na estatal. Ele destacou que o Executivo poderia mudar o quadro de indicações políticas por técnicos qualificados com algum distanciamento do poder público. Nitidamente escolheram colocar no cargo de presidente da Petrobras um aliado próximo, cumpridor de ordens, incumbido de blindar o poder central das investigações”, disse ele.


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