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Estado de Minas

Comércio mineiro volta a crescer em agosto após duas quedas consecutivas


postado em 15/10/2014 10:01 / atualizado em 15/10/2014 14:13

No estado, a maior parte das atividades pesquisadas apresentaram resultados negativos ante agosto de 2013(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
No estado, a maior parte das atividades pesquisadas apresentaram resultados negativos ante agosto de 2013 (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

O comércio varejista mineiro cresceu 0,6% de julho para agosto, contra 1,1% da média nacional. A alta chega após duas quedas consecutivas no estado: - 0,5% em junho e - 0,9% em julho. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por outro lado, houve uma queda de 0,6% em Minas contra o mesmo mês de 2013 e de 1,1% no país. Já os resultados acumulados em 12 meses foram de crescimento de 3,6 e 2,4%, respectivamente.

No estado, a maior parte das atividades pesquisadas apresentaram resultados negativos ante agosto de 2013. Destaque para o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com queda de 1,8% no volume de vendas. Segundo Antônio Braz, analista do IBGE em Minas, a inflação dos alimentos e o crescimento menor da renda e da ocupação no mercado de trabalho explicam os menores resultados dos supermercados e outros setores.

"O Brasil não respondeu a situação do mercado de trabalho que ficou pior desde fevereiro de 2013. A gente não enxerga isso nas taxas de desemprego porque as pessoas estão saindo do mercado, a ocupação está diminuindo, a renda não está crescendo muito, além do endurecimento do crédito que acaba refletindo na queda nas vendas", explica. Ele usa como exemplo o desempenho morno do setor de veículos nos últimos meses. "É um bem de alto valor e o consumidor leva em consideração a pespectiva de crescimento da economia e acaba tendo em comportamento mais conservador na hora de comprar", concluiu.

Os maiores recuos no período vieram do setor de móveis (-10,3%), livro, jornais, serviços e papelaria (-9,2%), equipamento e material para escritório, informática e comunicação (-8,3%) e material de construção (7,2%). Ainda assim, os resultados acumulados em 12 meses encontram-se positivos, tanto para o comércio varejista restrito quanto para o comércio varejista ampliado.

BH


A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) também divulgou nesta quarta-feira dados que mostram que o varejo de BH registrou o menor desempenho dos últimos cinco anos. De janeiro a agosto, o crescimento foi de 1,63% -  em 2013, a alta havia sido de 3,49%, 7,34% em 2012, 6,25% em 2011 e 6,5% em 2010.  Os dados correspondem ao termômetro de vendas da CDL do mês de agosto.

De acordo com o presidente da entidade, Bruno Falci, o baixo resultado das vendas do comércio nos primeiros oito meses de 2014 na comparação com os anos anteriores é reflexo do poder corrosivo da inflação sobre a renda das famílias e da elevação das taxas de juros. “A combinação destes fatores gera um desestímulo à demanda por bens e serviços, reduzindo o consumo”, explicou.

Em agosto ante julho, as vendas do comércio de Belo Horizonte registraram alta de 1,12%. Para Bruno Falci, tal desempenho deve-se à retomada do ritmo normal de trabalho na economia, após a Copa do Mundo e férias escolares, e também pela comemoração do Dia dos Pais.


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