(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Inflação fica estável em julho, mas avança 6,5% em 12 meses

Desaceleração em julho não foi capaz de deixar o IPCA abaixo do teto da meta do governo


postado em 08/08/2014 09:13 / atualizado em 08/08/2014 12:29

Após a Copa, as passagens aéreas ficaram 26,86% mais baratas, item com maior impacto negativo para a inflação no mês
Após a Copa, as passagens aéreas ficaram 26,86% mais baratas, item com maior impacto negativo para a inflação no mês

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou praticamente estável em julho, com alta de 0,01%, menor taxa desde 2010. Em julho, havia sido de 0,4%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira.

Mesmo assim, a taxa acumulada em doze meses ficou em 6,5%, exatamente o limite da meta oficial do governo, sendo que o centro da meta de inflação é de 4,5%, com uma banda de flutuação de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima. O indicador, havia encerrado o mês anterior acumulando valor superior à meta, aos 6,52%. Em julho do ano passado, o IPCA havia sido de 0,03%. No ano, o índice acumula alta de 3,76%.

Segundo o IBGE, a desaceleração de julho foi fortemente influenciada pelo grupo transportes, com queda de 0,98% contra alta de 0,37% em junho, e despesas pessoais, que de 1,57% em junho passou para 0,12%. No mês passado, houve deflação no preço da gasolina (0,80%), do etanol (-1,55%) e também nos automóveis novos (-0,29%) e usados (-0,09%). Também contribuíram para a queda do IPCA em julho os grupos alimentação (-0,15), vestuário (0,24%) e comunicação (0,79%).

Passagens aéreas e hotéis mais baratos

Após a Copa, as passagens aéreas ficaram 26,86% mais baratas, o que levou à liderança dos principais impactos para baixo, com -0,14 ponto percentual. No mês de junho, as pasagens teviveram movimento contrário, com inflação de 21,95%. Em Belo Horizonte, a queda foi de 33,29%, A maior ocorreu no Rio de Janeiro: - 38,47%.

Nas despesas pessoais foram os hotéis que se destacaram, mais baratos em 7,65% após a alta de 25,33% de junho. A queda maior foi registrada em Salvador, onde a variação de preços ficou em -23,33%. Em BH, a queda foi de 3,02%.

Alimentação

No grupo alimentação e bebidas, houve um recuo de 0,11% em junho para 0,15% em julho, quarto mês consecutivo de baixa. A queda é ainda mais intensa se considerados os alimentos consumidos em casa, com -0,51%. Já na alimentação fora de casa (de 0,82% para 0,52%) houve alta, embora menor do que no mês anterior. O destaque vai para a cerveja, cujos preços subiram 1,63%.

Apesar da trégua nos preços, alguns alimentos ainda pesam o bolso do consumidor. Entre os que se destacaram por aumento de preços estão o leite (2,16%) e alguns de seus derivados, como queijo (1,82%), leite em pó (0,87%) e iogurte (0,52%), além do café moído (1,34%) e do frango em pedaços (1,26%). Na contramão, a batata-inglesa caiu 18,84% e o tomate 17,33%, ambos já considerados vilões da inflação.

Energia elétrica sobe


A energia elétrica ficou 4,52% mais cara em julho, o principal impacto de alta sobre a inflação. O aumento na energia contribuiu com 0,12 ponto porcentual para a taxa de inflação de 0,01% no mês.

Como resultado do aumento nas tarifas, o grupo habitação também teve a maior variação entre os pesquisados no IPCA, com alta de 1,20% em julho. Também ficaram mais caros condomínio (0,95%) e aluguel (0,92%).


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)