(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Greve não afeta coleta de preços do IBGE


postado em 06/06/2014 20:31 / atualizado em 06/06/2014 20:32

A greve dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que já dura 13 dias, não afetou a coleta dos preços para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, nem deve atrapalhar a captação dos dados ao longo do mês de junho, afirmou a coordenadora de Índice de Preços do órgão, Eulina Nunes dos Santos.

"Não teve efeito da greve na coleta de preços", garantiu. "Agora, estamos no mesmo esquema. Não temos notícias de que (a greve) possa atrapalhar." Segundo a coordenadora, parte dos cerca de 300 funcionários da Coordenação de Índices de Preços aderiu à paralisação, mas quem ficou fora está suprindo o trabalho. "Foi um trabalho maior, mas importante para integralizar a coleta", disse.


Os servidores do IBGE deflagraram a greve em 26 de maio, reivindicando a saída imediata da presidente do instituto, Wasmália Bivar, e de todos os membros do Conselho Diretor, além de realização de concurso público para preenchimento de mais de quatro mil vagas e valorização salarial.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatísticas (ASSIBGE-SN), 24 das 32 unidades do órgão apoiam a paralisação - cerca de 70% dos 5,7 mil funcionários.

Impactos

Na terça-feira, o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, não descartou possíveis impactos da greve nas próximas divulgações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), caso a coleta seja afetada.

Além disso, a greve interrompeu os estudos sobre o indicador de renda domiciliar per capita da Pnad Contínua, que visavam a adequar os dados à lei complementar que o coloca como base para o rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE). O indicador precisa estar pronto em janeiro de 2015.

A urgência levou a direção do instituto a anunciar em abril a suspensão das divulgações da Pnad Contínua neste ano, para concentrar esforços nos estudos. A decisão mergulhou o IBGE numa crise institucional. Após embate com o corpo técnico, a direção voltou atrás e manteve o calendário original da pesquisa.

Na quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liminar determinando que pelo menos 70% do efetivo do IBGE continue trabalhando no período da greve. Caso não cumpra a medida, o ASSIBGE será multado em R$ 100 mil por dia. O sindicado informou que vai recorrer da decisão.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)