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Estado de Minas

Artesão mineiro entra em campo na Copa do Mundo

Com apoio do Sebrae, 400 profissionais do estado produzem peças para venda em feiras na capital no período do Mundial


postado em 11/05/2014 07:00 / atualizado em 11/05/2014 08:05

Réplica da igrejinha da Pampulha é uma das peças produzidas por artesãos mineiros inspirados pelo Mundial(foto: Elvis Gomes/Divulgação)
Réplica da igrejinha da Pampulha é uma das peças produzidas por artesãos mineiros inspirados pelo Mundial (foto: Elvis Gomes/Divulgação)
À espera dos turistas brasileiros e estrangeiros atraídos pelos jogos da Copa do Mundo, cartões-postais de Belo Horizonte e conhecidas imagens típicas do patrimônio e da cultura de Minas Gerais inspiram ateliês de artesanato de todo o estado, que se preparam para faturar durante o torneio. Cerca de 400 artesãos foram selecionados pelo Sebrae para expor seus trabalhos no showroom Brasil Original, entre 30 de maio e 13 de julho, no centro de compras Pátio Savassi, em BH. Maior central de cooperativas de artesãos mineiros, o Mãos de Minas organiza feira no Diamond Mall e negocia a montagem no BH Shopping da exposição Mulheres Artesãs Brasileiras, apresentada na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) no ano passado.


O projeto do Sebrae de aproveitar a Copa para estimular as vendas de artesanato teve lançamento nacional, com o objetivo de mostrar a riqueza dos trabalhos, em qualidade e originalidade, e a diversidade de matérias-primas e produtos, informou a analista da instituição em Minas, Sabrina Campos Albuquerque. O evento será realizado nas cidades-sede dos jogos e terá nova edição no Rio de Janeiro durante as Olimpíadas de 2016. A feira no Pátio Savassi ocupará um estande no 2º andar do shopping, com a oferta de itens de decoração, utilitários, moda, acessórios e artigos religiosos.


A expectativa de público visitante e de receita tem como parâmetro o resultado de iniciativa semelhante feita no ano passado na Copa das Confederações no Shopping Boulevard. Os artesãos venderam 6 mil peças, atingindo a meta estabelecida, e apuraram faturamento de R$ 165 mil. Parte dos artesãos que participaram do showroom em 2013 participará do evento neste ano, a exemplo de Elvis Gomes, de BH, e do grupo Gente Nossa, de Piedade dos Gerais, distante 100 quilômetros da capital mineira.


Em produção

Decidido a confeccionar 200 peças associadas ao apelo dos jogos da Copa, Elvis Gomes trabalha mais de 10 horas por dia no ateliê montado no Bairro Nossa Senhora da Glória, Região Noroeste de BH. A produção tem como carro-chefe as miniaturas em madeira revestida com vidro de mosaico da Igreja de São Francisco de Assis e do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, na Pampulha. “Acredito na Copa do Mundo como evento capaz de promover a cidade”, afirma.

No espaço reservado pela Casa de Cultura de Piedade dos Gerais aos artesãos, a expectativa também é grande na venda de flores feitas em tecido, agora com predomínio das cores verde e amarelo. O grupo entregou 4 mil dúzias no sábado passado, como primeira remessa, aos organizadores da feira Brasil Original. A previsão é confeccionar cerca de 10 mil flores em fuxico e crochê, tarefa que exigirá muita dedicação até o fim deste mês, segundo Luciani Luiza Ribeiro de Amorim, artesã e coordenadora do grupo constituído de 2 artesãos que contam com a renda importante no orçamento, em uma cidade essencialmente agrícola. “Na feira durante a Copa das Confederações vendemos tudo o que foi produzido. Agora, esperamos mais turistas”, afirma Luciani Amorim.

 

Bem planejado
Envolvida na organização das feiras e de exposição previstas nos shopping centers de Belo Horizonte no período do Mundial, a presidente do Centro Cape, braço do Mãos de Minas, Tânia Machado, diz que a Copa do Mundo ajuda a divulgar o artesanato, mas derruba expectativas superdimensionadas de vendas. “Turista de Copa não carrega sacola”, tem alertado. Depois de conhecer a experiência frustrada de artesãos na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, ela vem orientando organizadores de exposições para a seleção de itens pequenos, fáceis de carregar e que tenham como referência a cultura mineira para servirem de lembrança. No Diamond Mall, num estande de 25 metros quadrados, serão oferecidos produtos como carteiras, flores de tecidos e peças feitas em material reciclado por 100 artesãos do estado. 


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