A startup mineira Meliuz embarcou nessa modalidade e ganha dinheiro oferecendo cupons de descontos em produtos vendidos pelas maiores redes varejistas do país, como Submarino, Saraiva e Casas Bahia. O negócio que funciona na internet já gerou mais de R$ 5 milhões em economia para os 100 mil usuários. De acordo com o sócio-fundador Ofli Guimarães, atualmente a empresa conta com mais de 900 lojas parceiras no varejo eletrônico. “Além dos cupons de desconto de até 50%, o site permite que os usuários obtenham de volta de 1% a 15% do total da compra”, lembra.
E-shopper assíduo, o engenheiro mecânico Francisco César Pedroso usa a ferramenta há 10 meses. Nesse período, já efetuou quatro compras e resgatou R$ 30. Entre as aquisições, uma televisão, celular e notebook. Para ele, o modelo de compra é interessante, principalmente pelo sistema cashback, ou seja, restituição de parte do dinheiro gasto. “A internet já é conhecida por ter preços menores que as lojas físicas e os cupons aumentam ainda mais esse desconto. Fora isso, existe a possibilidade de recuperar parte do que foi gasto”, comenta. Embora considere essa uma boa ideia, ele acredita que ela “ainda não pegou”, devido aos oportunismos comuns na internet. “Falta publicidade maior”, comenta.
Em outro site que divulga os cupons, o Cuponomia, a economia gerada aos usuários já chegou a R$ 8 milhões. De acordo com o diretor-executivo, Antônio Miranda, desde a fundação, em setembro de 2012, foram publicados 11 mil cupons de 1,8 mil lojas. Para ele, que também espera crescimento de mais de 100% este ano, esse é um formato que veio para ficar. “Quando olhamos o mercado externo, principalmente os EUA, vemos que esse é um modelo que é forte desde 2004 e só cresceu até hoje, inclusive com empresas fazendo IPO na Nasdaq”, afirma. Para isso, o principal desafio, segundo ele, é a inserção de pequenos e médios e-commerces, já que a modalidade está consolidada entre os grandes varejistas.