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Estado de Minas

Com descontos e vantagens, onda dos cupons chega pela internet ao varejo brasileiro

Sistema que é febre nos EUA é bom para lojistas e consumidores


postado em 16/02/2014 08:00 / atualizado em 05/08/2016 11:39

Francisco César diz que modelo de aquisição de bens é interessante(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Francisco César diz que modelo de aquisição de bens é interessante (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
A compra facilitada por cupons de descontos gratuitos, que já é febre nas lojas dos Estados Unidos desde 2004, começa a ganhar força no Brasil. Ao contrário do que acontece na terra do Tio Sam, por aqui a moda ganha força no ambiente virtual, onde vários sites já atuam publicando os cupons. Para os consumidores, a novidade funciona como um forte aliado para conseguir uma boa pechincha e, inclusive, dá a eles a chance de ter parte do dinheiro investido na compra de volta.


A startup mineira Meliuz embarcou nessa modalidade e ganha dinheiro oferecendo cupons de descontos em produtos vendidos pelas maiores redes varejistas do país, como Submarino, Saraiva e Casas Bahia. O negócio que funciona na internet já gerou mais de R$ 5 milhões em economia para os 100 mil usuários. De acordo com o sócio-fundador Ofli Guimarães, atualmente a empresa conta com mais de 900 lojas parceiras no varejo eletrônico. “Além dos cupons de desconto de até 50%, o site permite que os usuários obtenham de volta de 1% a 15% do total da compra”, lembra.


Entre os benefícios para as empresas participantes, Guimarães destaca o aumento do tíquete médio das compras e uma fidelização dos clientes mais tangível, feita por dinheiro e não por pontos de fidelidade. Isso porque empresas como a Meliuz recebem uma espécie de comissão sobre as vendas e a compartilha com os clientes. O modelo de negócio arrojado, com vantagens para consumidores e empresas, deve crescer até o fim de 2014. No ano, a empresa tem como meta chegar a 1 milhão de usuários e gerar R$ 30 milhões em economia. “Queremos crescer seis vezes este ano e acreditamos ser possível, já que no ano passado crescemos 60 vezes em relação a 2012 e temos notado forte adesão das lojas”, diz.


E-shopper assíduo, o engenheiro mecânico Francisco César Pedroso usa a ferramenta há 10 meses. Nesse período, já efetuou quatro compras e resgatou R$ 30. Entre as aquisições, uma televisão, celular e notebook. Para ele, o modelo de compra é interessante, principalmente pelo sistema cashback, ou seja, restituição de parte do dinheiro gasto. “A internet já é conhecida por ter preços menores que as lojas físicas e os cupons aumentam ainda mais esse desconto. Fora isso, existe a possibilidade de recuperar parte do que foi gasto”, comenta. Embora considere essa uma boa ideia, ele acredita que ela “ainda não pegou”, devido aos oportunismos comuns na internet. “Falta publicidade maior”, comenta.


Em outro site que divulga os cupons, o Cuponomia, a economia gerada aos usuários já chegou a R$ 8 milhões. De acordo com o diretor-executivo, Antônio Miranda, desde a fundação, em setembro de 2012, foram publicados 11 mil cupons de 1,8 mil lojas. Para ele, que também espera crescimento de mais de 100% este ano, esse é um formato que veio para ficar. “Quando olhamos o mercado externo, principalmente os EUA, vemos que esse é um modelo que é forte desde 2004 e só cresceu até hoje, inclusive com empresas fazendo IPO na Nasdaq”, afirma. Para isso, o principal desafio, segundo ele, é a inserção de pequenos e médios e-commerces, já que a modalidade está consolidada entre os grandes varejistas.


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