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Estado de Minas

Governo se reúne com com analistas de grandes bancos e corretoras para tratar da política fiscal


postado em 04/02/2014 06:00 / atualizado em 04/02/2014 01:44

Brasília – O crescente pessimismo do mercado financeiro com o desempenho da economia brasileira entrou de vez na pauta de preocupações do governo. Diante de sinais cada vez mais claros de descontentamento do setor privado com a condução da a política fiscal e em meio à piora constante nas previsões para a escalada da inflação e do dólar em 2014, a presidente Dilma Rousseff decidiu agir. Sob determinação do Palácio do Planalto, a equipe econômica intensificou as conversas com analistas de grandes bancos e corretoras. Nas últimas duas semanas ocorreram reuniões em Brasília e São Paulo, em que o governo mais ouviu do que falou, segundo contaram interlocutores que participaram desses encontros.

O governo atuou em duas frentes nessas reuniões. Pelo lado do Ministério da Fazenda, foram escalados o secretário de Política Econômica, Márcio Holland, e o secretário executivo interino, Dyogo Oliveira. No Banco Central (BC), quem conduziu as conversas com os economistas de mercado foi o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton, que foi a voz do presidente da instituição, Alexandre Tombini.

A Fazenda tratou exclusivamente da política fiscal, que há meses vem sofrendo um bombardeio de críticas em função, sobretudo, dos truques contábeis realizados pelo secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, para fechar as contas públicas. A missão de Holland e de Oliveira, portanto, foi tentar dissipar o pessimismo do setor privado com as manobras contábeis, e garantir ao mercado que o governo fará uma política fiscal mais austera e crível em 2014.

Não por acaso, o governo quis saber dos economistas consultados qual deveria ser o esforço fiscal feito no corte de gastos que será anunciado em meados deste mês. Uma fonte governista explicou o motivo da aproximação. “Em momentos de maior volatilidade nas economias internacionais, faz sentido ouvir mais o mercado financeiro”, ela disse.

A mesma avaliação tem o BC, que vem mapeando as opiniões do mercado financeiro sobre os mais diversos assuntos da economia, desde a inflação alta aos juros básicos. O grande ponto de preocupação dos analistas ouvidos, apurou a reportagem, foi a trajetória do dólar, que pode puxar para cima tanto os preços de produtos e serviços, quanto a taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano. “O que está claro é que o BC tinha um plano de voo traçado no ano passado, e que, por esse plano, os juros estariam parando de subir neste início de ano. Mas o que ninguém contava era com essa alta forte alta do dólar, que é realmente preocupante”, disse um economista de um grande banco de investimentos.


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