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Estado de Minas

Elevação do dólar e dos impostos encarece ida ao exterior

Nos Estados Unidos, banco oferece conta que reduz custo do viajante


postado em 18/01/2014 06:00 / atualizado em 18/01/2014 07:37

Brasília – Viajar para o exterior ficou mais caro. Além da disparada do dólar frente ao real, que apenas em 2013 subiu 15,1%, o governo levantou, na virada do ano, mais uma barreira tributária contra as compras fora do país: o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6,38% para gastos em cartões de crédito, débito, nos pré-pagos e nos saques internacionais. A medida levou ainda a uma corrida pelo dólar turismo, que entre 31 de dezembro e ontem havia subido quase 4% em função da demanda. Não bastasse isso, a Receita Federal foi para cima do turista, está apertando o cerco principalmente sobre brasileiros que chegam a Brasília e São Paulo, locais onde as bagagens têm passado por um pente-fino.

Mas há como reduzir os gastos. Com o aumento do tributo sobre o uso de cartões de débito, crédito, traveller e saques no exterior, o brasileiro que vai para fora do país precisa ser criativo para não ter problemas. Turistas que levam uma quantidade maior de dinheiro e que vão passar um tempo longo fora do Brasil, sobretudo nos Estados Unidos, estão trocando o traveller, uma espécie de cartão pré-pago, por uma conta bancária norte-americana.

Instituições como a Wells Fargo e o Bank of America possibilitam aberturas de contas simplificadas e que dão direito a um cartão de débito. Os turistas têm adquirido os dólares no Brasil, onde pagam um Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 0,38%, chegam aos EUA e abrem uma conta dessas. Como ela não tem custo, eles fazem o depósito da quantia que vão gastar e evitam carregar grandes quantias pelas ruas.

A opção se tornou muito mais barata que o cartão pré-pago disponível no Brasil, que tem taxa de confecção e IOF de 6,38%. Segundo relato de brasileiros que utilizaram a conta norte-americana, não há burocracia ou demora. É preciso apenas do passaporte. Em aproximadamente 20 minutos é possível deixar a agência com um cartão na mão.

Especialistas alertam que, se a pessoa não puder fazer uma conta dessas, tem de se precaver para evitar assaltos e furtos. “Transportar uma quantia maior dessa maneira demanda uma preocupação maior com a segurança”, explica Marcelo Maron, consultor de finanças pessoais e diretor executivo do Grupo PAR. Uma dica, para esses casos, é se hospedar em locais que tenham cofres. “A pessoa também deve controlar a quantidade de dinheiro que levará para a rua em cada dia. O recomendado é fazer o tour somente com um montante suficiente para suprir os gastos planejados para aquele dia”, explicou.

Cerco da Receita Em relação à queixa dos turistas, segundo especialistas, essa é parte da fatura dos desarranjos econômicos que se instalaram no país nos últimos anos. O governo, sem capacidade de tornar os exportadores brasileiros mais competitivos no mercado internacional, apelou para medidas de curto prazo, trabalhou por um dólar mais alto e impôs tributos sobre compras no exterior para impedir uma deterioração maior das contas externas. A análise severa de bagagem nos aeroportos é parte dessas medidas protecionistas. Com todos esses problemas, parte da conta fica para o turista.


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