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Estado de Minas

Brasil crescerá 2,5% em 2014, ou até mais, prevê IMD


postado em 26/11/2013 11:21

A economia brasileira deverá crescer 2,5%, ou até mais, no próximo ano, na previsão de Carlos Braga, ex-diretor de Relações Exteriores do Banco Mundial na Europa e atual professor de Política Econômica Internacional do IMD (International Institute for Management Development), de Lausanne, Suíça, feita em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. "O ano de 2014 será, naturalmente, muito afetado pelo calendário político e pelas expectativas. Mas se você me perguntar sobre crescimento, eu aposto em 2,5% ou até mais", disse Braga.

Segundo o professor do IMD, a lógica é simples. De acordo com ele, embora a economia brasileira possa sofrer pressões inflacionárias no ano que vem, o que colocará ônus sobre a política monetária do Banco Central (BC), exatamente por ser um ano eleitoral o governo deverá promover alguma expansão da política fiscal. "A história brasileira tipicamente sugere que em anos eleitorais há um expansionismo fiscal maior", disse.

Com isso, de acordo com ele, a tendência é de a atividade econômica acelerar acima da sua capacidade potencial. "Eu não me surpreenderia com 2,5% no ano que vem. O governo vai fazer de tudo para ter um crescimento razoável", reiterou o economista do IMD. Para ele, neste momento em que a economia brasileira tem tido um crescimento de produtividade muito baixo, crescimento em torno de 2,5% é superior ao potencial de expansão do PIB.

"Gostaríamos de acreditar que o crescimento potencial do Brasil é algo em torno de 4% por ano. Eu até concordaria com isso se tivéssemos uma mudança no sistema tributário, regulamentações, parcerias com o setor privado, etc. Como eu sou um pouco cético de que isso irá acontecer no curto prazo, diria que estamos batendo nos limites potenciais da economia, mas 2,5% é ótimo", ponderou.

Ele lembra que no Brasil há aspectos que o País não controla, como os efeitos da economia mundial sobre o mercado doméstico, por exemplo. "Se acontecer algum desastre, seja da economia, seja da política dos EUA, fica difícil", disse Braga, referindo-se. Ele se refere à retomada em fevereiro das discussões sobre o teto da dívida do governo no Congresso norte-americano. De acordo com o professor do IMD, não se tem conhecimento de tanta polarização no Congresso Americano como agora desde a Guerra Civil, em 1860.

"Mas estou admitindo que os americanos terão a capacidade e o bom senso de administrar de novo essa crise potencial do início do ano, que a economia daquele país vá crescer numa faixa de 2 5% a 2,6% e que a economia chinesa continue a crescer acima dos 7%", afirmou.

Para ele, respeitados estes dois vetores internacionais - e a China hoje em dia é muito importante para o Brasil devido às commodities -, é factível o PIB brasileiro crescer 2,5% em 2014. "Pode haver acidentes de percurso, mas se vamos ver uma desaceleração da economia ela será mais para 2015 do que para 2014", afirmou. Neste sentido, segundo Braga, maior expansão fiscal no curto prazo seria bom, embora a fatura venha no médio prazo.


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