Aplicativo criado por mineiros promete ajudar na realização de desejos pessoais

Se você quer correr uma maratona, realizar algum projeto pessoal ou fazer uma viagem exótica, o aplicativo social Tysdo – Things you should do (Coisas que você deveria fazer, em português) pode ajudá-lo. O app móvel, disponível para iOS, desenvolvido por um grupo de mineiros, chega ao mercado com a proposta de ajudar os usuários a realizar desejos a partir do compartilhamento de fotos. Em pouco mais de dois meses de funcionamento já são 9 mil usuários, parcerias e contratos de peso. Recentemente, a startup foi, inclusive, escolhida pela Mobile Futures Brasil, no projeto Mondelez (Kraft Foods), para trabalhar com a marca Halls.

De acordo com a cofundadora e diretora-executiva da Tysdo, a mineira Roberta Vasconcellos, a empresa foi premiada com R$ 50 mil que serão reinvestidos em um projeto desenvolvido para a Halls e que estará disponível em 90 dias dentro do próprio aplicativo. “A ideia é a junção do ambiente corporativo com o mundo das startups para criamos algo inovador”, conta. “O que a gente propõe é compartilhamento com contexto. Os desejos das pessoas têm muito valor para as marcas”, acrescenta. Roberta lembra que na edição americana desse projeto o aplicativo Waze foi o contemplado.

Ajudam a explicar essas parcerias o fato de a maioria das pessoas precisar de motivação para realizar seus desejos. De acordo com Roberta, em pesquisas realizadas pela Tysdo ficou comprovado que de cada 10 pessoas, oito só realizam desejos importantes se forem motivadas por outras. “O social acaba fazendo a ponte para que os desejos sejam realizados, permitindo a entrada de empresas para a concretização dos sonhos dos usuários”, lembra. Entre as experiências já realizadas, ela destaca uma parceria com a agência Tia Eliane Turismo, que lançou cinco desafios na Disney, entre eles ir ao Castelo da Cinderela, fotografar e reunir curtidas. As fotos mais curtidas pelos usuários ganharam um iPad Mini.

LISTA DE TAREFAS

Além dos desafios patrocinados pelas empresas, que dão a possibilidade de promover experiências com usuários, mas também com funcionários para garantir melhorias internas, Roberta lembra outros dois modelos de monetização do aplicativo. Um deles é a lista de tarefas, em que os usuários criam listas com temas variados, como sugestões para outras pessoas, como o passo a passo para escrever um livro, coisas a serem feitas antes de se casar ou dicas de roteiros de viagens, e as vendem por US$ 0,99.

“Se sou um personal trainner, por exemplo, posso fazer uma lista dando dicas do que a pessoa deve fazer para correr uma marotana”, sugere Roberta. O último modelo de monetização do negócio, segundo Roberta, são as tarefas patrocinadas, em que as pessoas interessadas em realizar algum desejo recebem orientações sobre onde realizá-lo. “Em vez de sugerir que a pessoa decore seu quarto, podemos sugerir que façam isso com determinada empresa”, explica. Entre os planos de expansão para os próximos meses, viabilizados por um investimento anjo, Roberta destaca a ampliação da equipe e novos investimentos no produto, como o desenvolvimento da versão para Android.