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Estado de Minas

Indústria e prestadores de serviços disputam fatia na expansão da Ferrous


postado em 08/10/2013 07:20

Para atender o plano de expansão da mineradora Ferrous em Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, orçado em US$ 1,3 bilhão, a indústria nacional de equipamentos e os prestadores brasileiros de serviços de construção e montagem vão disputar um bolo de pelo menos 65% do total dos investimentos (US$ 845 milhões) reservados à usina de beneficiamento de minério de ferro da reserva de Viga. A companhia informou ontem que está negociando os primeiros contratos com os fornecedores para começar as obras no início de 2014. O projeto de engenharia detalhada já foi contratado, dentro de uma carteira de 140 pacotes, entre obras, serviços e equipamentos.

O presidente-executivo da Ferrous, Jayme Nicolato, informou ontem que, à exceção dos equipamentos de grande porte e dos moinhos a serem adquiridos no exterior, a maior parte do fornecimento estará aberta à disputa da indústria nacional. Num encontro com fabricantes e prestadores de serviços à mineração, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), ele afirmou que dos recursos para levar a produção da mina de Viga, prevista em 5 milhões de toneladas de minério de ferro neste ano, a 15 milhões toneladas anuais a partir de 2017, 80% serão gastos em reais.

“Esperamos que grande parte dos contratos seja atendida por indústrias brasileiras e de Minas Gerais. O estado tem fornecedores competitivos em áreas como construção civil, consultoria, equipamentos de britagem e peneiras”, afirmou Nicolato. As dimensões do projeto indicam um consumo de 7.500 toneladas de aço e 37 mil toneladas de fabricação e montagem de equipamentos. O índice de equipamentos e serviços nacionais alcança 92%, ainda de acordo com informações do presidente da mineradora.

DEMANDA ROBUSTA Com a nova planta de tratamento de minério contemplada no projeto, a empresa produzirá a partir de minério pobre, de teor médio de 37%, um concentrado com teor de 65% de ferro, considerado produto premium no mercado internacional. A Ferrous está trabalhando na captação do dinheiro, operação envolvendo aumento de capital previsto para o ano que vem e uma parcela de empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que pode chegar a US$ 800 milhões. De acordo com o presidente da mineradora, o crédito junto ao banco oficial deve estar definido em novembro, assim que for concluído o processo em curso de avaliação e enquadramentos do projeto.

Demanda não vai faltar à mineradora, na análise otimista de Nicolato sobre o comércio internacional de minério de ferro nas próximas duas décadas. A mineradora trabalha com expectativa de compras firmes da China, locomotiva do consumo mundial, e preço médio da materia-prima não inferior à casa de US$ 130 por tonelada, estimativa próxima das cotações atuais. “O crescimento econômico chinês diminuiu em valores percentuais, mas continua robusto”, disse o executivo. Ele mencionou que, em agosto, o país asiático produziu 66 milhões de toneladas de aço, volume superior a toda a produção mundial. O projeto da Ferrous prevê, além da usina de beneficiamento, o escoamento pelos trilhos da MRS Logística para embarque por terminal portuário em Sepetiba, no Rio de Janeiro.


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