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Estado de Minas

Horário de Confins pode ser encolhido

Suspensão da operação por algumas horas ao dia foi a solução encontrada por três terminais para manter rotas durante obras


postado em 20/08/2013 06:00 / atualizado em 20/08/2013 07:26

Aéreas negociam com a Infraero, mas suspensões não estão descartadas(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 27/4/11)
Aéreas negociam com a Infraero, mas suspensões não estão descartadas (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 27/4/11)


Obras somente durante a madrugada ou em intervalos específicos para reduzir os impactos na operação dos aeroportos. Em intervenções recentes nas pistas dos terminais de Curitiba, Fortaleza e Goiânia, semelhantes às que vão ocorrer no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) adotou ações para evitar a suspensão das operações por longos períodos, permitindo assim a alteração dos horários de pousos e decolagens. Nem sempre foi possível. Em alguns casos, as companhias aéreas se viram obrigadas a cancelar temporariamente os voos. Além de Confins, outros seis aeroportos podem sofrer alterações no planejamento de voos no segundo semestre para obras nas pistas.

O cronograma inicial da Infraero previa redução da pista de Confins em 1 mil metros entre setembro e dezembro. Mas não houve acordo com as companhias aéreas, devido à necessidade de suspensão de voos internacionais no período. A estatal negocia novo pacote de medidas com os órgãos do setor e as empresas. Uma opção pode ser a repetição do cenário estabelecido para outros aeroportos. No Paraná, Ceará e Goiás, os pousos e decolagens ficaram suspensos somente por algumas horas, reduzindo o impacto sobre pousos e decolagens. Em Confins, no entanto, essa ideia esbarra na saturação do terminal de passageiros, uma vez que a redução do horário de funcionamento pode obrigar a Infraero a concentrar os voos no tempo de operação restante.

O Estado de Minas consultou a superintendência dos três aeroportos para saber o que foi feito para reduzir os impactos. Em Curitiba, durante os nove meses de restauração e manutenção da pista de pouso, encerrados em junho do ano passado, a estatal suspendeu as operações do Aeroporto Internacional Afonso Pena de 0h15 às 6h15, de segunda a sexta-feira. Nos fins de semana, a suspensão era válida de 20h15 de sábado até as 12h15 de domingo. Os voos precisaram ser remanejados.



Na capital cearense, as obras de recapeamento da pista do Aeroporto Internacional Pinto Martins obrigaram a estatal a fechar as operações por seis horas durante cerca de 40 dias. As operações previstas entre as 5h e as 11h tiveram que ser remanejadas. À época, 10 voos foram cancelados e outros 28 foram transferidos para outros horários, o que resultou em ação da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Ceará (OAB-CE). O órgão interveio para evitar danos aos passageiros.

Situação semelhante se repetiu em Goiânia. Por quatro meses, o aeroporto interrompeu as operações previstas para o intervalo entre as 21h10 e as 7h10. Outros 29 voos foram afetados, sendo 19 cancelados e outros 10 transferidos de horário.

A principal diferença em relação à obra de Confins é o fato de nos três aeroportos terem sido feitos apenas recapeamentos, em vez de ampliação da pista. Em todos os casos os terminais não possuíam uma segunda pista. No Aeroporto Internacional Tancredo Neves, a previsão é que a segunda pista seja iniciada somente em 2020. A construção deve ser feita pela concessionária que ficará responsável por operar o aeroporto até 2043.

 

Atraso preocupa

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) afirmou, por meio de nota que as companhias têm mantido conversação com a Infraero sobre as obras. “Em muito casos, tem sido possível chegar a algum entendimento no sentido de minimizar os impactos às operações regulares das companhias e, consequentemente, aos passageiros”, diz o texto. Mas a Abear reclama do atraso para definição do cronograma. “Na prática, a Notam (em português, aviso aos navegantes) tem tardado a ser emitida. O efeito disso é que, para evitar problemas com os consumidores (com cancelamentos e remanejamentos de voos), as companhias têm promovido as alterações à malha preventivamente.” (PRF)


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