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Estado de Minas

Divergência sobre Grécia no FMI foi um "problema de comunicação", diz ministro


postado em 08/08/2013 17:10

O ministro da Fazenda do Brasil disse que o desacordo que teve com o representante no FMI sobre a ajuda à Grécia aconteceu por causa de um "problema de comunicação" e o manteve no cargo, apesar de admitir que os programas de resgate na zona do euro devem ser "aperfeiçoados".

Sem consultar Mantega, Paulo Nogueira Batista - que ocupa um posto rotativo no conselho de administração do Fundo Monetário Internacional (FMI) representando 11 países, incluindos vários latino-americanos e caribenhos - se absteve na semana passada na votação do pacote de ajuda à Grécia.

Mantenga o desautorizou imediatamente, dizendo que o Brasil apoia a ajuda ao país europeu em crise e que nunca tinha sido consultado sobre a votação e o convocou a Brasília para dar explicações. Na quarta-feira à noite, Mantega disse que "houve um problema de comunicação sobre a decisão tomada pelo diretor executivo de abster-se da votação", em um comunicado.

"O governo brasileiro é favorável à liberação das parcelas do programa grego", insistiu o ministro. Contudo, disse concordar com Paulo Nogueira Batista em que "os problemas de resgate à Grécia e a outros países da periferia da zona do euro precisam ser revisados e aperfeiçoados a fim de dar melhores condições de recuperação a esses países".

Mantega argumentou que um representante do FMI toma muitas decisões e não pode consultar o ministro sobre todas elas, mas deve fazê-lo em temas importantes. Também lembrou que a abstenção do Brasil não teve nenhum efeito prático na votação da ajuda, já que este tipo de programa é aprovado por maioria simples dos votos ponderados e um diretor que se abstém sai da base de cálculo para o cômputo da maioria requerida.

O FMI liberou, na semana pasada, uma nova parte da ajuda à Grécia, por 1,72 bilhão de euros, no marco do plano de resgate ao país. Essa quinta parcela eleva a 8,24 bilhões de euros a quantia entregue à Atenas pelo FMI.

"Paulo Nogueira teve uma atuação relevante na direção executiva do FMI desde sua nomeação em 2007. Foi diligente e atuou em sintonia com o governo brasileiro e conta, como sempre contou, com o respaldo político do ministro da Fazenda e governador de Brasil no Fundo para exercer, e continuar exercendo, suas responsabilidades como diretor executivo do FMI", concluiu Mantega.


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