(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Inadimplência perde fôlego no país

Inflação e juros fazem consumidor reduzir compras a prazo e pagar as parcelas em dia


postado em 08/08/2013 06:00 / atualizado em 08/08/2013 06:52

Ainda dá tempo de renegociar as dívidas e recuperar o crédito para chegar ao fim do ano com as contas em dia. A inadimplência no comércio vem desacelerando desde janeiro e, em julho, apresentou queda de 1,94% em relação ao mesmo mês do ano anterior, revela o indicador mensal do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Esse é o menor patamar registrado pelo indicador mensal do SPC Brasil, desde o início do registro da nova série histórica da entidade, calculada a partir de janeiro de 2012. O cálculo leva em consideração mais de 150 milhões de consumidores cadastrados em 800 mil pontos de vendas espalhados pelo país.

“Devido ao fato de a inflação e de a alta dos juros ter reduzido o poder de compra do brasileiro, o consumidor está comprando menos a prazo e, quando consome, está pagando as parcelas em dia. Isso culminou na queda da inadimplência”, avalia Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL. Segundo ele, a queda não ocorreu pelo fato de as pessoas estarem quitando as dívidas para chegar ao fim do ano no azul. “Muito pelo contrário. O índice de exclusões de registros no banco de dados do SPC Brasil fechou julho com retração de 2,82% em relação a julho do ano passado. Isso significa que a inadimplência caiu muito mais pelo fato de as pessoas terem deixado de entrar no SPC Brasil do que pelo fato de terem quitado as próprias dívidas”, explica Junior.

Em Belo Horizonte, pesquisa feita com 402 consumidores entre 17 e 31 de julho, mostra que 49,59% dos entrevistados estão com a renda comprometida com dívidas, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH). “Essa porcentagem é alta, tendo em vista que a renda média da população é de R$ 1,3 mil”, afirma a economista da CDL-BH Ana Paula Bastos. É a primeira vez que a entidade faz esse tipo de levantamento.

A maioria dos entrevistados (66,06%) afirmou que não faz nenhum tipo de planejamento antes de consumir. “A compra acontece por impulso em supermercado e em shopping center. Apesar de a escolaridade e o nível de emprego estarem maior, não há conceitos básicos de educação financeira”, diz Ana Paula.

Planejamento

O vendedor Eduardo Santos sentiu na pele os efeitos da falta de planejamento. Depois de resolver investir na compra de um caminhão, ele perdeu o emprego, da onde saía o dinheiro para o pagamento das parcelas. O resultado foi uma dívida de R$ 27 mil e seu nome negativado pelo SPC. “Procurei o Procon e a dívida que tinha tentado negociar no banco e não consegui caiu para R$ 9 mil. Com isso eu já consegui pagar e limpar meu nome”, lembra. Agora, com as contas em dia, ele planeja voltar a consumir, porém com mais consciência. “É importante colocar tudo no papel antes de se endividar”, comenta.

Para que pessoas como Eduardo recuperem o crédito, redes de varejo estão oferecendo descontos de até 80% em acordos que ajudam os consumidores a sair do vermelho. A rede de departamentos Leader, por exemplo, além de descontos de 80% nas dívidas no cartão da loja, oferece prazos longos e parcelas fixas para o pagamento. A TeleCheque, especializada em análise de crédito para quitação com cheques, vai fazer durante todo o mês de agosto campanha com redução de até 50% no valor das dívidas por meio do site www.telecheque.com.br.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)