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Estado de Minas LEIS TRABALHISTAS

Socorro para os patrões vira negócio na internet

Antes mesmo de as mudanças que ampliam os direitos do trabalhador doméstico entrarem em vigor, empresas criam serviços para facilitar o controle das contas pelos empregadores


postado em 10/06/2013 00:12 / atualizado em 10/06/2013 07:20

Advogado, médico e empresário, o mineiro José Jacinto Chaves lançou o portal Patroa Tranquila, para oferecer uma opção sem custos para ajudar empregadores e trabalhadores(foto: Marcos Michelin/EM/D. A Press)
Advogado, médico e empresário, o mineiro José Jacinto Chaves lançou o portal Patroa Tranquila, para oferecer uma opção sem custos para ajudar empregadores e trabalhadores (foto: Marcos Michelin/EM/D. A Press)
Enquanto o Congresso Nacional corre para regulamentar pontos importantes da Lei das Domésticas, alguns empreendedores da tecnologia da informação – setor que vem crescendo de forma destacada no Brasil, com alta de 4,4% em 2011, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – transformam o que ainda é um projeto em tramitação no Legislativo em negócio. Tanto que, mesmo antes da palavra final na definição dos direitos das domésticas, esses empresários começam a faturar com softwares que prometem facilitar a vida dos patrões.


Os portais especializados ajudam a organizar os pagamentos, geram guias, calculam benefícios e salários. Os aplicativos de celular oferecem um sistema moderno para o registro do ponto, em que o patrão consegue, de onde estiver, acompanhar o horário em que a doméstica começou e deixou o serviço. A regulamentação da PEC das Domésticas foi aprovada na comissão especial do Senado e esta semana deve ser votada no plenário da Casa e seguir para a Câmara e depois para a sanção da presidente Dilma Rousseff. A partir daí as regras se tornam obrigatórias.


Com interface e manuseio simples o portal Webhome (www.webhome.com.br) já conta com 1,5 mil usuários, em dois meses de funcionamento. Do total, 20% dos acessos partem de Minas. O sócio-diretor João Pedro Tonini explica que o primeiro cadastro é gratuito, assim como o registro do primeiro funcionário, mas que, a partir do segundo cadastro, há o pagamento de R$ 20 por mês. Para ter acesso ao serviço, basta cadastrar a data de contratação da doméstica e todos os dados relacionados à rotina do empregador e da trabalhadora. A partir disso, o site gera alertas e os envia por e-mail para que o pagamento do salário seja feito, com valores ajustados. “Pouca gente sabe exatamente quanto vai para o funcionário, para o governo e o quanto sai do seu bolso. O site acaba dando a oportunidade de fazer o acompanhamento”, explica Tonini.


O desenvolvimento do site, segundo Tonini, começou no ano passado, apoiado apenas em boatos sobre a criação de uma nova lei das domésticas. Hoje, mesmo diante da perspectiva de que haja demissões no setor, ele garante que esse é um mercado promissor. “Existem milhões de trabalhadores domésticos e sabemos da rotatividade desse profissional. Além disso, estamos oferecendo conveniência para o empregador, que poderá fazer tudo na mesma ferramenta. É isso que as pessoas estão buscando”, defende.

Na mão A empresa mineira MobTech (www.mobponto.com.br) também se adaptou às discussões para ter um modelo de negócio rentável focado apenas no registro de ponto. O desenvolvedor Guilherme Lucinda se uniu a um sócio, com quem desenvolveu um software de registro de ponto para celulares. Eles adaptaram o produto para as empregadas domésticas e, em um mês, viram cerca de 100 pessoas se render ao aplicativo. “A principal dificuldade do livro de ponto é fazer um controle transparente e o aplicativo vem para resolver isso, já que os patrões podem ver o registro do ponto em tempo real”, diz Guilherme. Para que os usuários se familiarizem com o aplicativo, o primeiro mês é gratuito e as mensalidades seguintes custam R$ 19,90.


Toda a operação começa no próprio site, onde é feito o cadastro. Depois disso, a marcação do ponto passa a ser feita nos aparelhos celulares das domésticas, que podem ser de qualquer operadora e dos modelos mais simples. Dentro da ferramenta, há ainda a opção de download para a impressão da folha de ponto do funcionário, onde aparecem as horas extras e as devidas pelos trabalhadores domésticos. “A ideia é atender os patrões que se queixam da dificuldade em acompanhar o horário de seus funcionários, já que ficam o dia todo fora de casa”, explica Otávio. Com o advento dos smartphones, que vêm ganhando o mercado e a preferência dos consumidores, o sócio-proprietário da MobTech conta que, para os próximos meses, a ideia é desenvolver uma versão do aplicativo para Android.


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