Petróleo fecha em alta em Nova York a U$93,74 o barril

Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira em Nova York, impulsionados pela queda das reservas de petróleo norte-americanas, um sinal de aumento da demanda do maior consumidor mundial.

O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em julho ganhou 43 centavos a U$93,74 no New York Mercantile Exchange (Nymex). Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com entrega em julho fechou com queda de 20 centavos, a 103,04 dólares no Intercontinental Exchange (ICE).

Após um dia sem tendência dominante na terça-feira, a cotação do petróleo subiu nesta quarta-feira, impulsionada pelo relatório semanal das reservas de petróleo do Departamento de Energia, que mostrou dados de consumo superiores ao previsto.

"A alta do WTI de hoje se deve, em grande medida, a esses dados, que mostraram a maior queda das reservas de petróleo desde dezembro, o que contraria a tendência de queda de Wall Street", destacou Bob Yawger, da Mizuho Securities.

A Bolsa de Nova York que teve queda desde a abertura, aumentou suas perdas durante o dia, caindo mais de 1% na maioria de seus indicadores, devido aos frágeis dados da economia norte-americana. Para Yawger, a cotação de petróleo depende mais da oferta e da demanda e, em sua opinião, a oferta é menos abundante que o previsto, enquanto a demanda mostra sinais positivos.

As reservas de petróleo caíram 6,3 milhões de barris na semana encerrada no dia 31 de maio, quando os especialistas esperavam uma queda 15 vezes menor, de 400.000 barris. Esta queda foi inferior à de 7,8 milhões de barris projetada pela associação da indústria petrolífera norte-americana (API), que publica suas próprias estatísticas.

Contudo, os dados do DoE da semana encerrada no dia 31 de maio são uma boa notícia para os investidores, que temiam uma super-oferta de petróleo nos Estados Unidos. Na semana passada, as reservas atingiram um máximo semanal desde 1982, rompendo inclusive o recorde mensal vigente desde 1931, segundo dados oficiais.

As reservas de gasolina, observadas de perto pelos operadores nesta temporada de verão nos EUA e de grandes viagens de carro, caíram 400.000 barris, a 218,8 milhões de barris, contra as previsões do mercado que apontavam a uma alta de 500.000 barris.

Contudo, as reservas de produtos destilados subiram 2,6 milhões de barris a 123,3 milhões de barris, ou seja, quase três vezes mais que o previsto pelos analistas que projetaram uma alta de um milhão de barris.