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Estado de Minas

G20 diante do desafio de pôr fim ao sigilo bancário


postado em 19/04/2013 20:57 / atualizado em 19/04/2013 21:01

O G20 pediu nesta sexta-feira que seja adotada uma norma internacional para compartilhar as informações financeiras entre os países, com o objetivo de acabar com o sigilo bancário e pediu mais esforços para impulsionar a recuperação da economia. "Pedimos a todas as jurisdições que avancem na troca automática de informação" bancária, para que isso se transforme num "padrão", disseram em um comunicado os ministros das Finanças das maiores economias mundiais reunidos em Washington. Atualmente, se dois países contam com um acordo fiscal comum, são necessários dados detalhados como o nome da pessoa, empresa ou da instituição bancária, para solicitar informações sobre os suspeitos de evasão fiscal. Os Estados Unidos, com o respaldo de vários países europeus, incluindo Alemanha, França e Grã-Bretanha, efetuaram um pedido na semana passada para aprovar um sistema automático para obrigar os bancos a informar os países membros quando receberem depósitos do exterior. "A China apresentou resistência e atrasou as negociações", disse à AFP uma fonte próxima às negociações que pediu anonimato. A fonte afirmou que os avanços das conversas não afetam, no momento, os países desenvolvidos. "Resta atualmente muito pouco a fazer para combater os problemas da otimização contábil e da evasão fiscal internacional, especialmente com os paraísos fiscais", disse o comunicado. Em relação à saúde da economia mundial, o grupo afirmou que conseguiu evitar os riscos mais importantes, mas que a recuperação continua sendo desigual, o que reforçou os temores do Fundo Monetário Internacional de que o crescimento global avance em diferentes velocidades. "São necessários esforços adicionais para conseguir um crescimento forte, duradouro e equilibrado", disse o G20. "É essencial conservar a viabilidade orçamentária nos países desenvolvidos", afirmou o G20, sem especificar a forma mais apropriada, sobre um tema em que não existe um consenso internacional. Enquanto o ministro francês de Finanças, Pierre Moscovivi, pediu para não continuar acrescentando austeridade à recessão, seu homólogo alemão manteve sua posição a favor da ortodoxia fiscal. "A redução dos déficits na zona do euro deve continuar", reiterou. "Os europeus se encaminham para resolver seus problemas, mas leva tempo até de que o crescimento seja retomado", acrescentou. Em uma entrevista à imprensa alemã que será publicada na segunda-feira, a que a AFP teve acesso, Sch?uble pediu ao BCE para cortar liquidez na zona do euro, uma medida que se choca com a possibilidade de reduzir as taxas. A diretora gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, disse na quinta-feira que o Banco Central Europeu (BCE) ainda tem uma margem de manobra para reduzir as taxas de juros. "Existe o risco de que haja uma crise prolongada, apesar de todos os nossos esforços no G20 e em outras instâncias internacionais", dirá o ministro brasileiro das Finanças, Guido Mantega, em um discurso que será feito no sábado na reunião do FMI, a cujo texto a AFP teve acesso. No entanto, os ministros do G20 conseguiram renovar o compromisso de não entrar em uma guerra de divisas. O Japão, que estava na mira, por causa das políticas de estímulo à economia, que tiveram como efeito uma desvalorização do do iene, foi apoiado pelo grupo, que considerou que estas medidas eram destinadas a combater a deflação, fortalecendo a demanda interna.


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