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Estado de Minas

Montadoras de veículos adiam férias coletivas


postado em 12/12/2012 07:22 / atualizado em 12/12/2012 09:40

O bom retorno para as montadoras de veículos das vendas beneficiadas pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) resultou em suspensão ou adiamento das tradicionais férias coletivas de dezembro. A Fiat confirmou, ontem, que os trabalhadores da produção e áreas afins, como a manutenção, só vão parar no fim de janeiro, em razão da demanda alta combinada aos estoques baixos. A General Motors, pelo mesmo motivo, também não viu necessidade de adotar a medida e sequer planeja uma folga coletiva mais a frente, da mesma forma que a Ford. Uma única unidade da GM, de São Caetano do Sul (SP), mandará os empregados para casa de 2 a 13 de janeiro, para execução de serviços de manutenção na fábrica.

O número de licenciamentos de veículos subiu 4,8% de janeiro a novembro, frente ao mesmo período do ano passado, ao somar 3,4 milhões de unidades, conforme levantamento divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A Fiat Automóveis manteve as férias coletivas somente para o pessoal dos escritórios de 26 deste mês a 6 de janeiro. Na produção, continuarão trabalhando mais de 10 mil trabalhadores. A Iveco, marca de comerciais leves e caminhões da Fiat, informou que ainda não definiu se concederá ou não a folga coletiva.

Para os metalúrgicos, a continuidade da produção nas montadoras é positiva, embora esteja impondo um ritmo exagerado de horas extraordinárias, segundo Gleyson Borges, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Igarapé e São Joaquim de Bicas. “Para nós, é sinal de aquecimento do setor, mas há trabalhadores que estão cumprindo jornada de até duas horas extras por dia e ainda trabalham no fim de semana. Esse regime mostra a necessidade de contratações”, afirma.

Na polo automotivo de Betim, ainda de acordo com o sindicato local, os fornecedores de peças e serviços têm apertado o horário de trabalho, com jornada inclusive aos domingos, para atender a Fiat. Gleyson Borges diz que a carga horária excessiva já foi denunciada ao Ministério do Trabalho e existem indícios de aumento dos casos de doença por estresse. Em Sete Lagoas, na Região Central de Minas, o sindicato local dos metalúrgicos recebeu informações de que a Iveco não concederá férias coletivas. Segundo o presidente da entidade, Ernane Geraldo Dias, a produção da empresa está em crescimento e precisa se recuperar do atraso na entrega de peças, provocado pela recente greve dos fiscais da Receita Federal. As fornecedores da Iveco e da Fiat acompanham o ritmo das montadoras.

Já Mercedes-Benz programou férias coletivas entre segunda-feira e 1º de janeiro nas unidades de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, São Bernardo do Campo e Campinas (SP). Na fábrica mineira, 700 pessoas serão liberadas no período de 16 dias.


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