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Estado de Minas NA CONTRAMÃO DA TURBULÊNCIA GLOBAL

Empresas de alto crescimento abriram 5 milhões de vagas em três ano


postado em 15/11/2012 08:53 / atualizado em 15/11/2012 08:55

Gerente de Recursos Humanos da construtora, Érica Falci. (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press. Brasil)
Gerente de Recursos Humanos da construtora, Érica Falci. (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press. Brasil)

As empresas de alto crescimento que são as organizações que ampliaram a contratação de mão de obra em um ritmo de 20% ao ano durante três anos foram responsáveis por gerar mais da metade dos empregos com carteira assinada no país entre 2008 e 2010. Nadando contra a onda de turbulência na economia mundial, elas empregaram 5 milhões de brasileiros e pagaram R$ 88 bilhões entre salários e outras remunerações, apesar de serem apenas 1,5% do total de empresas do país. Os dados são do estudo Estatísticas de empreendedorismo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Instituto Empreender Endeavor Brasil.

“O peso das empresas de alto crescimento para economia do país é bem claro quando observada a geração de empregos no país”, diz o coordenador da pesquisa no IBGE, Cristiano Santos. Ele destaca que mesmo em um momento de crise mundial o país continuou ampliando seus postos de trabalho no período, o que pode ter tido o empurrão do mercado interno aquecido e da facilidade de crédito. Em Minas, o movimento também foi positivo. Segundo a pesquisa, em termos absolutos de número de unidades locais, o estado ocupava a segunda posição, com 7.506 unidades locais em 2010, atrás apenas de São Paulo. A mesma posição é mantida em termos de pessoal ocupado, com 479.163 trabalhadores em empresas de alto crescimento orgânico.

Destaque no segmento de alto crescimento, a construção civil está entre os setores que mais geraram postos de trabalho entre 2008 e 2010. Em plena turbulência mundial, a construtora Paranasa criou o seu Departamento de Recursos Humanos em 2008 para fazer frente à grande ampliação do quadro de funcionários e ao volume crescente de novas obras. Hoje, a empresa tem cerca de 7 mil funcionários. “Vivemos um momento de crise de mão de obra e continuamos a fazer recrutamento e seleção de pessoal”, diz a gerente de Recursos Humanos da construtora, Érica Falci.

ESTÍMULOS


A coordenadora de marketing da concessionária Banzai Honda, Isabela Santos, lembra que a empresa foi inaugurada em 2008 com 45 funcionários. Em 2010 já eram 122 e hoje são 160. Ela considera que as políticas do governo de incentivo à economia, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), contribuíram para o aquecimento do consumo, além da política da empresa de investimento no relacionamento com o cliente, o que alavancou as vendas e o crescimento dos postos de trabalho.

Para Paulo Vicente, professor de estratégia da Fundação Dom Cabral, as políticas do governo de estímulo ao consumo e também programas como o Bolsa-Família contribuíram para a geração de empregos na economia. Já o professor de empreendedorismo do Ibmec, João Bonomo, espera que para os próximos anos as empresas de alto crescimento continuem em expansão, mas que sejam acompanhadas pelas empresas gazelas, que são as de alto crescimento mais novas.


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