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Estado de Minas

Petrobras segura alta no preço da gasolina

Estatal vê fim da pressão por reajuste, mas plano prevê 15%


postado em 30/10/2012 06:00 / atualizado em 30/10/2012 06:49

Mesmo ciente da crescente defasagem dos preços dos combustíveis, a Petrobras não vê espaço para um aumento a curto prazo. “Não há uma data para definida para um reajuste”, disse ontem o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa. Segundo o executivo, as diferenças de preço em relação ao mercado externo devem se reduzir a partir de agora, já que o consumo e os preços da gasolina tendem a cair nos EUA com o fim do verão naquele país, quando a demanda é maior. Existem ainda, diz Barbassa, a questão do câmbio e a “expectativa futura” de preços do petróleo e dos derivados. Diante de tantas indefinições, afirma, não há uma previsão de quando virá o reajuste.

Barbassa reconhece que há necessidade de um aumento e que a previsão de reajuste de 15% da gasolina neste ano, contida no plano da estatal, não se confirmou ainda. Para Barbassa, porém, a “companhia trabalha” para manter seus preços “alinhados no médio e no longo prazo.” Enquanto não se materializam os reajustes, diz, a companhia trabalha para cortar custos e levantar recursos em outras frentes, como captações, venda de ativos e liberação de recursos de capital de giro antes destinado a fornecedores – que tem buscado mais financiamento junto ao mercado financeiro.

Sem poder contar com um reajuste dos combustíveis no curto prazo, a Petrobras busca alternativas para engordar seu caixa para fazer frente a seu ambicioso plano de investimento. No terceiro trimestre, a estatal obteve êxito em duas frentes: conseguiu receber R$ 1,7 bilhão devidos de distribuidoras de energia da Eletrobras e liberou R$ 5 bilhões em títulos que a companhia era obrigada a manter como garantia de uma dívida com seu fundo de pensão Petros.

No caso da Eletrobras, a negociação foi concluída parcialmente e a expectativa é que novos pagamentos ocorram. A Eletrobras já estimou em R$ 3 bilhões o valor devido à Petrobras, cuja origem é no atraso na quitação do combustível vendido pela BR às térmicas a óleo da região Norte. Apesar dos esforços da Petrobras para conter gastos, a estatal ampliou seu custo de extração de petróleo no terceiro trimestre em 17% na esteira de fatores como maiores gastos com pessoal, mais intervenções em poços (como despesas com aluguel de sondas) e produção menor no período.

Produção em baixa e custos subindo


A fraca produção da Petrobras registrada em setembro, a pior desde abril de 2008, foi a grande decepção do balanço do terceiro trimestre da companhia, detalhado ontem. Produção em baixa, custos em alta e importações crescentes fizeram o mercado castigar a empresa com uma queda de 3,45% nas ações ordinárias na Bolsa de Valores de São Paulo. Mas apesar dos problemas enfrentados, a Petrobras se mostra otimista como as expectativas de produção de petróleo até o fim do ano e manteve sua meta de produzir cerca de 2 milhões de barris por dia neste ano. Segundo José Formigli, diretor de Exploração e Produção, a estatal enfrentará menos paradas de produção em suas plataformas e um novo sistema de produção começou a operar neste mês, ampliando a extração de óleo.


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