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Estado de Minas

Produtos e serviços do dia dia em BH são mais caros do que em Miami ou Lisboa

Pesquisa feita pelo EM mostra que valor cobrado por itens do dia a dia em Belo Horizonte é mais alto do que lugares onde a renda per capita é bem maior


postado em 23/09/2012 07:21

Era uma vez uma cidade com custo de vida relativamente baixo… Mas a cidade cresceu, atraiu investimentos e com isso teve considerável elevação de preços, o que em poucos anos fez com que eles se equiparassem aos de capitais internacionais de renda média bastante superior. Belo Horizonte era apontada como exemplo de baixo custo, mas os estrangeiros que têm vindo morar na cidade em busca de emprego até conseguem boas vagas, mas têm se assustado com os valores cobrados por itens considerados essenciais para o dia a dia. Do refrigerante ao cereal. Carro, então, nem se fala. A ironia feita pela revista Forbes, que considerou muito alto os preços dos automóveis – que dizem ser um bem acessível somente às camadas mais ricas – se repete.

O Estado de Minas fez um levantamento de preços de produtos consumidos no dia a dia por pessoas de qualquer nacionalidade. Em sites de compras de redes internacionais de outros 10 países, foram buscados os valores de 19 itens: leite, pão de forma, refrigerante, achocolatado em pó, cereal, chips, batata frita, detergente, laranja e combustível.

A pesquisa mostrou que Buenos Aires e Lisboa são as cidades com maior número de produtos com preços inferiores aos da capital mineira. Na portenha sul-americana, que vem sofrendo com seguidas altas de preços nos últimos anos, pão de forma, cereal, batata frita e gasolina estão com preços menos salgados. A batatinha, por exemplo, custa 26,67% menos – e a renda é 35% maior. Na capital portuguesa, as diferenças são ainda maiores. O pacote da mesma batata custa 54,98% menos lá. Enquanto aqui, 100 gramas custa R$ 5,70, o produto lá sai por R$ 2,57. Enquanto isso, a renda média do trabalhador em Lisboa é 93,2% superior à do brasileiro.

A variação surpreendeu o webdesigner Octávio Amuchástegui, quando decidiu trocar Barcelona por Belo Horizonte em busca de um melhor emprego, principalmente no caso de produtos que ele considera básicos, como queijo, cereais e alimentos congelados. No entanto, nesse caso, mesmo com preços elevados, ele diz não abrir mão do investimento. Quando se trata de bens de consumo de alto valor, como automóvel e smartphone, ele considera os valores acessíveis apenas aos mais ricos, criando assim uma diferença enorme de preços que impede uma parcela da população de consumi-los. Enquanto isso, segundo ele, na Espanha basta um esforço menor para se conseguir adquirir praticamente qualquer item.

A análise feita por Octávio é clara. No caso do cereal, o produto tem o valor mais baixo em sete das 10 capitais pesquisadas. Em Miami, onde o produto tem o menor preço, a caixa sai por R$ 2,93, enquanto na capital mineira custa R$ 8,85, o equivalente a três unidades na cidade americana.


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