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Estado de Minas

Liminar dá trégua nos bloqueios nas BRs de Minas

Justiça proíbe greve de caminhoneiros nas estradas do estado. Categoria se reúne com o governo em Brasília


postado em 31/07/2012 06:00 / atualizado em 31/07/2012 07:12

Bloqueio na Fernão Dias, na sexta-feira: multa de R$ 10 mil por dia se ocorrerem paralisações(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A/Press)
Bloqueio na Fernão Dias, na sexta-feira: multa de R$ 10 mil por dia se ocorrerem paralisações (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A/Press)
O movimento grevista dos caminhoeiros está proibido de bloquear as rodovias federais mineiras. Acatando pedido do Ministério Público Federal, a Justiça concedeu liminar sob a justificativa que a interrupção do fluxo pode resultar em “dano irreparável” aos demais motoristas que trafegam pelo estado. Caso a decisão seja descumprida, os organizadores do protesto podem ser multados em R$ 10 mil por dia. O Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) afirma que vai cumprir a decisão, mas deve tentar cassar a liminar.

O juiz federal Pedro Pereira Pimenta concedeu a liminar, tendo como argumento a necessidade de garantir o trânsito livre e seguro nas rodovias e o direito do cidadão de ir e vir. Na semana passada, a concessionária que administra a Fernão Dias (Autopista) já tinha obtido liminar semelhante que impedia o fechamento do trecho entre BH e São Paulo. A decisão, no entanto, não foi cumprida pelos manifestantes. Na sexta-feira, os caminhoneiros fecharam quatro pontos diferentes, o que não deve voltar a ocorrer.

O MUBC em Minas afirma que vai cumprir a decisão. Para o diretor regional do movimento, José Carneiro, os manifestações, pelo menos por aqui, estão suspensas. “A greve praticamente parou diante do convite para o encontro de amanhã (hoje). Chegamos onde queríamos e estamos confiantes de que a situação esteja finalmente sanada”, afirmou.

Carneiro se refere às reuniões que a categoria terá com o governo federal hoje. Diante das paralisações dos caminhoneiros em todo o país, o Ministério dos Transportes, em conjunto com a Casa Civil e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), marcou reuniões em Brasília com representantes da categoria. Às 13h30, a conversa será com a União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil (Unicam), e, às 16h, com o MUBC. Entretanto, apesar dos avanços, a direção nacional do movimento mantém o estado de greve no país. “É fundamental que todos permaneçam participando da manifestação para fortalecer a reunião em Brasília”, afirmou Nélio Botelho, presidente da entidade, em comunicado.

A expectativa é de que novas paralisações em trechos de rodovias sejam realizadas hoje, ainda sem localização definida. Segundo o MUBC, qualquer orientação de encerramento da greve, iniciada na última quarta-feira, só será dada depois do encontro em Brasília.

Durante a reunião, serão apresentadas as principais reivindicações da categoria, que incluem suspensão da lei que estabelece jornada diária de oito horas, admitindo-se duas horas extras, além de intervalo de 11 horas de descanso entre jornadas de trabalho e paradas de repouso de 30 minutos a cada quatro horas ao volante. A nova legislação passou a valer ontem e, segundo a categoria, não há pontos de parada suficientes nas estradas que possibilitem o cumprimento das normas. Somado a isso, os caminhoneiros reivindicam revisão do cartão-frete instituído pela ANTT, entre outras medidas.

No país

Apesar da decisão da Justiça mineira, o movimento ganhou força em outros estados ontem. No Rio de Janeiro, manifestantes bloquearam a Via Dutra, que liga o estado a São Paulo, formando engarrafamento de mais de 20 quilômetros durante a manhã. No Rio Grande do Sul, bloqueios temporários foram realizados em 14 trechos. Depois de três dias consecutivos de paralisações em Minas, apesar das ameaças, os caminhoneiros deram uma trégua desde sábado e deixaram as rodovias livres, garantindo a normalização do abastecimento.


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