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Estado de Minas

Orquídea agora é popular e dá lucro

Produção da flor triplica na última década, supera a venda de 500 mil unidades por ano e faz preço cair. Vaso da espécime mais popular pode ser encontrado a partir de R$ 25


postado em 16/07/2012 06:48

Darlan Aluízio Pires, proprietário do Orquidário Primavera, acredita que o brasileiro está criando o interesse em cultivar a flor, o que justifica o crescimento nas vendas em todo o país(foto: ( Jair Amaral/EM/D.A Press))
Darlan Aluízio Pires, proprietário do Orquidário Primavera, acredita que o brasileiro está criando o interesse em cultivar a flor, o que justifica o crescimento nas vendas em todo o país (foto: ( Jair Amaral/EM/D.A Press))
Desde que eram cultivadas pelos homens da Grécia antiga, ou pelos chineses na Ásia, as orquídeas sempre fascinaram colecionadores. Admirada também pelos egípicios como um presente sofisticado, a flor, que tem espécies nativas no cerrado brasileiro, atrai olhares do mundo e agora está bem próxima do consumidor. Por pouco mais de R$ 25 é possível levar um vaso da flor para casa. Na última década, a produção brasileira multiplicou e fez o preço cair. As vendas no varejo da espécime Phalaenospis, entre as mais populares, triplicou no período, superando 500 mil unidades por ano. Espécies encontradas no mercado por R$ 30 custavam até cinco vezes mais em 2005, segundo dados da Hórtica Consultoria, especializada no setor.

A partir da importação de mudas, o Brasil passou a produzir orquídeas em escala industrial, comprando especialmente de países como a Holanda. No ano passado, as importações de orquídeas somaram US$ 6,7 milhões em mudas, garantindo crescimento de 15% ao mercado especializado. Ainda assim, a oferta é bem menor que a procura dos consumidores.

 “A produção de Minas é capaz de responder por cerca de 3% da demanda do estado. O mercado ainda está engatinhando”, diz Darlan Aluízio Pires, proprietário do Orquidário Primavera. Há 40 anos no setor, ele vendeu sua primeira planta quando tinha apenas 5 anos. “Foi na BR-040, em Nova Lima”, lembra. Desde então, o empresário vem misturando a paixão pela flor, uma herança de família, com a produção e venda de orquídeas no varejo e atacado. Por mês, são 20 mil plantas comercializadas, e para dar conta das encomendas ele conta com fornecedores em São Paulo, já que seu orquidário – com acervo de 250 mil plantas – está longe de conseguir atender sozinho os pedidos dos clientes, mesmo com o crescimento da produção, que dobrou nos últimos cinco anos.

Curinga

Nas grandes cidades, as orquídeas deixaram de ser artigo exclusivo das floriculturas, ganharam as lojas de conveniência, supermercados e padarias. Tornaram-se um “presente curinga”, compara a paisagista e gerente da Giardino Plantas, Lúcia Borges. Especializada em jardins verticais, ela conta que as plantas vivem na copa das árvores sem serem parasitas, são sinônimo de praticidade nos cuidados e elegância. A flor que se tornou coqueluche entre os brasileiros tem ocupado espaço até mesmo nos jardins verticais. “Temos muitos pedidos para jardins de orquídeas. É preciso explicar ao cliente que o ideal é que a orquídea divida espaço com outras plantas, que seja uma parte do jardim”, explica. Lúcia Borges aponta que o preço contribuiu para popularizar a flor. “Espécimes mais comuns custam de R$ 25 a R$ 80.”

Há 30 anos, a artista plástica Glória Amaral ganhou sua primeira orquídea como presente do namorado, agora marido. Desde então, ela admira a planta e acompanha de perto o mercado. Glória tem notado crescimento na oferta e redução dos preços em Belo Horizonte. “No atacado, é possível encontrar novidades entre R$ 30 e R$ 45.” A artista plástica mantém em casa um pequeno orquidário e investe em novas flores para o cultivo e para presentear. “O brasileiro tem criado esse hábito. Presentear com uma orquídea é encontrar um sorriso honesto”, defende o produtor Darlan Pires.


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