O dólar está em leve queda em relação ao euro e oscila em relação a algumas moedas de países emergentes exportadores de commodities. No Brasil, mesmo abaixo de R$ 2,00 pela primeira vez desde o fim de maio, a moeda dos EUA já abriu em baixa no mercado futuro e, em seguida, renovou mínimas sequenciais.
Os participantes do mercado continuam otimistas sobre a possibilidade de os bancos centrais mundiais introduzirem, em breve, novas medidas de flexibilização para impulsionar a economia global. Por isso, apesar do recuo de 4,51% ante o real nas duas sessões anteriores, esses players enxergam espaço para eventual continuidade das desmontagens de posições compradas em dólar futuro.
No Brasil, a queda de 0,9% da produção industrial de maio ante abril e de -4,30% em relação a maio de 2011 corrobora as estimativas de crescimento menor para o PIB do País. A curva de juros, que já precificava mais dois cortes de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic, para 7,5% ao ano, tende a ceder mais, sobretudo na curva longa.
Apesar do fluxo comercial mais fraco no País - a balança comercial teve o pior resultado para primeiro semestre em dez anos -, os participantes do mercado de câmbio avaliam que a sustentação do dólar acima de R$ 1,95 ainda favorece as exportações. Por isso, o Banco Central deve defender esse nível de preço. Ciente disso, a tendência é de que o próprio mercado adote esse patamar de preço como barreira à queda da moeda norte-americana, disse um operador de câmbio de uma corretora.
Após abrir em baixa de 0,08%, a R$ 1,9945, na máxima até cerca de 9h30, o dólar futuro para agosto de 2012 renovou mínimas sequenciais até atingir R$ 1,9915 (-0,23%).
Em Nova York, às 9h28, o euro estava em US$ 1,2566, ante US$ 1,2573 no fim da tarde de ontem. O dólar subia 0,06% em relação ao dólar australiano, recuava 0,03% diante do dólar canadense; perdia 1,02 ante a rupia indiana; e avançava 0,15% sobre o dólar neozelandês.