As famílias brasileiras ficaram menos inclinadas a irem às compras na passagem de fevereiro para março, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 3,8% no período, mas se manteve aos 135,6 pontos, considerado ainda nível propenso ao consumo. Na comparação com o mesmo mês de 2011, no entanto, houve aumento na propensão a consumir, de 0 9%, puxado pelo otimismo em relação ao mercado de trabalho.
Segundo a CNC, os fatores que têm levado a um crescimento na confiança dos consumidores - como o aumento real do salário mínimo, o emprego forte e a desaceleração da inflação - ainda não se refletiram em uma recuperação da disposição ao consumo.
A CNC avalia que, além da cautela das famílias para retomar o consumo, o aumento na intenção de compra nos últimos meses gerou uma base de comparação forte, que ajudou a provocar a queda no ICF de março. Na comparação com março de 2011, tiveram deterioração apenas os itens perspectiva profissional (-0,6%) e perspectiva de consumo (-1,8%).