Os preços do petróleo fecharam em leve queda nesta terça-feira em Nova York, em um mercado dividido entre duas preocupações crescentes, em relação à oferta iraniana de petróleo e aos riscos de uma queda da demanda na Europa e na Grécia.
O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em março perdeu 17 centavos em relação ao fechamento de sexta-feira, a 100,74 dólares no New York Mercantile Exchange. Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com a mesma data fechou em 118,16 dólares no Intercontinental Exchange (ICE), uma alta de 23 centavos em relação ao fechamento de segunda-feira.
"As tensões geopolíticas existentes sustentam os preços, mas este efeito é compensado por novas preocupações em relação à Grécia e por um relatório (semanal) sobre as reservas (dos Estados Unidos) que é potencialmente negativo para os preços" na quarta-feira, declarou Matt Smith, da Summit Energy (Schneider Electric).
Os ministros das Finanças dos países da Zona Euro, que devem se reunir na quarta-feira para aprovar o segundo plano de ajuda para a Grécia, voltaram a adiar sua decisão, afirmando que esse país "ainda não cumpriu as condições" fixadas para o desembolso da ajuda, anunciou nesta terça-feira o chefe do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.
Além disso, a agência de classificação de risco Moody's atingiu a Europa, ao reduzir a nota de seis países da Zona Euro, entre eles Espanha, Itália e Portugal, e anunciou a possibilidade de reduzir para 'AAA' (máxima nota possível) de França, Grã-Bretanha e Áustria.
O anúncio da Moody's ocorre exatamente um mês depois de a Standard & Poor's privar França e Áustria de suas notas "AAA". Nos Estados Unidos, as vendas varejistas subiram 0,4% em janeiro, apesar de esse aumento ter sido menor que o esperado pelos analistas, que estimavam uma alta de 0,8% desse índice que mede o consumo, segundo os dados publicados na terça-feira pelo Departamento de Comércio.