(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Déficit de R$ 1,29 bi é recorde para janeiro

Crise na Europa promove queda de 25,2% nas exportações do Brasil para a região e leva a resultado ruim na balança comercial


postado em 02/02/2012 06:00 / atualizado em 02/02/2012 06:44


Brasília – A crise financeira na Europa já refletiu no comércio brasileiro. As exportações do país para a União Europeia despencaram 25,2% e contribuíram para o déficit  histórico de US$ 1,29 bilhão na balança comercial, o maior em janeiro desde o início dos levantamentos mensais, em 1973. As exportações no primeiro mês do ano somaram US$ 16,14 bilhões, com alta de apenas 1,3% na média diária. Já as importações deram um salto de 12,3% na média diária e totalizaram US$ 17,43 bilhões, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

“O ano será difícil para o comércio exterior brasileiro. A crise internacional explica os resultados de janeiro, mas ainda conseguimos registrar um leve aumento nas exportações”, afirmou a secretária de comércio exterior do MDIC, Tatiana Prazeres. A seu ver, as inquietações dentro do governo agora são bem maiores do que no último trimestre de 2011. “Antes, havia apenas uma redução no crescimento. Agora, é queda. E isso preocupa”, reconheceu.

No entanto, Tatiana afirmou que os resultados atuais da balança ainda não confirmam uma tendência de déficit na balança deste ano. “Vamos manter nossas previsões de que encerraremos o ano com superávit, menor, mas ainda repetindo os mesmos números de exportações de 2011”, afirmou, tentando destacar o aumento das vendas para mercados estrangeiros como um fator positivo. No ano passado, as exportações tiveram salto de 25,8%, totalizaram US$ 256 bilhões e o país registrou um superávit histórico de US$ 29,8 bilhões.

Um dos dados mais preocupantes, segundo Tatiana, foi a redução em 31,1% no valor da média diária dos embarques de minério de ferro. Houve queda tanto em quantidade (20%) quanto em preço (10%), na comparação com janeiro de 2011. Os embarques do produto para a Europa caíram 60% e foram responsáveis por 22% da redução das exportações brasileiras para lá. “Se tirássemos esse item da pauta, as nossas exportações teriam crescido 9,8%”, comentou. Ela ainda informou que, por enquanto, os europeus não adotaram medidas protecionistas. “Estamos atentos para esse movimento”, afirmou.

O resultado da balança brasileira só não foi pior graças à retomada dos embarques para os Estados Unidos, confirmando a recuperação ainda tímida da maior economia do planeta. As exportações brasileiras para a terra do Tio Sam avançaram 37% e ajudaram para que o crescimento magro de 1,3% das vendas nacionais no exterior não se transformasse em queda bruta. A média diária das vendas para os EUA passou de US$ 79 milhões em janeiro de 2011, para US$ 108,2 milhões no mês passado.

Câmbio recua e é o menor dos últimos meses

Nessa quarta-feira, o dólar à vista recuou 0,69%, a R$ 1,7330 no balcão – menor valor desde 1º de novembro de 2011 (R$ 1,730). Ainda assim, o dólar ainda está mais alto que o registrado no último dia de janeiro de 2011, quando ficou em R$ 1,6734. No balanço do mês passado, o fluxo de dólares (entrada e saída da moeda) para o país foi positivo em US$ 6,5 bilhões, segundo o Banco Central. Em janeiro de 2011, as entradas foram 90,3% superiores, quando chegaram a US$ 12,37 bilhões. O resultado do mês se deve à entrada de US$ 6,29 bilhões da conta financeira e a entrada de US$ 210 milhões nas operações comerciais.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)