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Estado de Minas

Operadores de telefonia apostam na expansão pela periferia

Em 2011, público de menor renda foi responsável por 19,8% das vendas realizadas pelas empresas de telefonia móvel e 25,5% das de fixa


postado em 31/01/2012 06:00 / atualizado em 31/01/2012 06:46

A manicure Isabela Luzia Victor Barbosa não abre mão de um celular que acesse a internet e permita que ela esteja conectada a seus amigos no Orkut durante todo o dia. Com 21 anos, moradora do Bairro Nazaré, Região Nordeste da capital, e disposta a gastar até R$ 90 mensais em telefone, o que corresponde a 10% da sua renda, ela vale ouro para as operadoras de telefonia móvel – e representa o grupo que foi o principal consumidor de serviços de telefonia em 2011, segundo a Serasa Experian.

Batizada pela metodologia internacional da instituição como “periferia jovem”, a fatia respondeu por 19,8% das vendas realizadas pelas empresas de telefonia móvel e 25,5% das de fixa em 2011. O grupo representa 20,9% da população brasileira e inclui os segmentos de jovens trabalhadores de baixa renda, mas também jovens na informalidade, trabalhadores sem qualificação, excluídos do sistema, estudantes da periferia e famílias assistidas, diz a Serasa.

O perfil de consumo de Isabela é alvo de ações de marketing específicas das operadoras telefônicas. “É uma classe que está movimentando a economia e vai puxar o crescimento que esse setor espera para os próximos anos”, informa a Serasa.

E esse novo público é exigente. Gabriel Mendes, diretor regional da Claro para Minas Gerais, destaca que, ancorado nessa transformação da pirâmide social em losango, a partir do crescimento da classe C, o tráfego de dados da companhia aumentou 45% no ano passado: “Temos planos em que o cliente paga R$ 0,50 pela internet no telefone, só se usar o serviço”.

Para Hilton Mendes, diretor de desenvolvimento de terminais e inovação da Vivo, o movimento é perceptível em capitais e em cidades do interior e os novos clientes tendem a consumir cada vez mais serviços. “Se o perfil de consumo, por exemplo, indica que o cliente manda muito SMS, o procuraremos para que contrate um plano mais vantajoso nesse sentido. Também de olho nesse mercado, a Tim informou, via assessoria de imprensa, que criou canal focado no pequeno varejo e em modelos alternativos de vendas. (FB)


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