Michael Mussa, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) entre 1991 e 2001 e ex-conselheiro do presidente americano Ronald Reagan, morreu no domingo de um ataque cardíaco aos 67 anos, indicou o Peterson Institute, onde trabalhava atualmente.
Ocupando este posto no seio da organização internacional durante as grandes crises financeiras na Rússia e no sudeste da Ásia no fim dos anos 1990, Mussa criticou em 2002 a maneira pela qual o FMI lidou com a crise financeira na Argentina.
Criticou especialmente a instituição por não ter exercido pressão suficiente sobre o governo argentino para que corrigisse suas contas nos anos anteriores à crise, e também por ter dado apoio financeiro a ele quando era evidente que o país entraria em default.
Nascido em 1944 e diplomado na muito influente e liberal Universidade de Chicago, onde realizou a primeira parte de sua carreira como professor (1976-1991), com uma passagem posteriormente como membro do conselho econômico do presidente Reagan (1986-1988), Mussa se uniu ao FMI em Washington em 1991.
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, expressou em um comunicado sua "grande tristeza" pela morte de Mussa.
"Durante cerca de uma década, (Mussa) serviu ao FMI e à comunidade internacional com grande distinção", disse Lagarde, saudando um "alto funcionário do mais alto calibre e um intelectual estimado que vai fazer falta".