(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Mercado de telefonia móvel supera a marca de dois aparelhos por habitante


postado em 01/12/2011 10:57 / atualizado em 01/12/2011 11:07

Viciado nos aparelhos, o bancário Higo Bandeira usa o celular para ter acesso a e-mails e redes sociais(foto: Breno Fortes/CB/D.A/Press)
Viciado nos aparelhos, o bancário Higo Bandeira usa o celular para ter acesso a e-mails e redes sociais (foto: Breno Fortes/CB/D.A/Press)
A onda dos smartphones e tablets consolida a capital do país como um paraíso para as operadoras de telefonia móvel. Os amantes da tecnologia impulsionaram ainda mais o mercado e fizeram o Distrito Federal ultrapassar o índice de dois acessos móveis por pessoa, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Entre janeiro e outubro deste ano, o número de linhas da terceira geração, habilitadas para o uso da internet, pulou de 616.393 para 939.151, um avanço de 52%.

O DF é a única unidade da Federação com mais de dois celulares (incluindo tablets) por habitante: 2,02. Supera a média nacional e lidera com folga o ranking. São Paulo, o segundo da lista, possui 1,36 acessos individuais, seguido do Mato Grosso do Sul (1,34) e do Rio de Janeiro (1,29). Somando os modelos pré e pós-pago, com ou sem internet, o total de acessos em operação na capital federal passou, em outubro, de 5,3 milhões (veja quadro), um quarto do registrado em toda a Região Centro-Oeste.

No trabalho, em casa e na balada, o bancário Higo Bandeira, 25 anos, não larga o celular com internet. Para navegar melhor, três meses atrás ele dobrou a capacidade do acesso à base de dados. “Tenho gastura quando vejo a bateria acabando. Parece que vou perder alguma coisa”, comenta o jovem, assumidamente viciado no aparato eletrônico, usado insanamente para checar e-mails e fazer contatos pelas redes sociais.

Este ano, não satisfeito com o “celular-computador”, Bandeira comprou um tablet e ajudou a engrossar a estatística de chips habilitados para internet em Brasília. Com os dois equipamentos, gastou R$ 3,5 mil. Para utilizá-los, desembolsa por mês mais R$ 150, pelo menos. E ninguém consegue mais fazê-lo pensar na possibilidade de se livrar dos aparelhos. “Fiz o propósito de ficar um dia sem mexer neles, mas só aguentei até a hora do almoço”, conta.

Mais do que atrair novos clientes, o mercado de smartphones e tablets — de todos os modelos, cores e tamanhos — está na mira das operadoras, sobretudo às vésperas do Natal. O cadastro para interessados em comprar o badalado iPhone 4S, desejado pelos applemaníacos, já começou. Mesmo quando não representam mais acessos para as empresas, os aparelhos 3G turbinam o faturamento, uma vez que pacotes de internet engordam a conta a ser paga pelo usuário.

A fotógrafa Juliana Caribé, 26 anos, torra cerca de R$ 220 todo mês para garantir o uso dos inseparáveis tablet e smartphone. O
valor é considerado por ela “absolutamente fundamental e fixo no orçamento”. Juliana conta que nunca foi fissurada por tecnologia, mas a possibilidade de acessar a internet de qualquer lugar mudou a vida dela. “Hoje, seria muito difícil para mim viver sem isso”, diz a jovem, que leva consigo vários carregadores para nãoficar sem bateria.

Negócios
Brasília, capital com vocação tecnológica, desperta o interesse das empresas do setor. Os smartphones representam 20% da base de usuários da Tim, cuja receita bruta com produtos teve alta de 68% — equivalente a R$ 712 milhões — no terceiro trimestre de 2011. Os aparelhos inteligentes somam cerca de 70% das vendas, contra 30% de um ano atrás. No DF, em outubro, o número de chips da Vivo com acesso à rede de dados alcançou 87.729.

As operadoras têm investido pesado em ofertas de serviços e aplicativos para aparelhos com internet. Na Claro, 63% do portfólio de celulares são 3G. Os modelos com essa tecnologia correspondiam a 30% das vendas da empresa no início deste ano. Hoje, esse percentual é de quase 50%. A Oi, também atenta ao crescimento do consumo de dados, analisa a volta ao mercado no primeiro semestre de 2012 de subsídios para os clientes de mais alto valor.
O peso da banda larga móvel no salto do total de acessos ainda não é nada diante do que estar por vir, na avaliação de Eduardo Dufe, presidente da consultoria Teleco. A tendência, indica o especialista em telecomunicações, é que cada vez mais os tablets e smartphones influenciem no cenário do chamado serviço móvel pessoal. “Isso está só começando: virão os acessos em aplicações nos carros, nos sistemas de saúde e de pagamento eletrônico”, aposta.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)