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Estado de Minas

Crise econômia mundial segue sem alívio

Demanda fraca em leilão de bônus na Alemanha e retração na indústria chinesa dão sinais de que a crise ganha força


postado em 24/11/2011 06:00 / atualizado em 24/11/2011 06:34

Nada de trégua nos mercados. Em mais um dia de notícias ruins, vindas principalmente da Europa e da China, as bolsas mundiais seguiram pressionadas nessa quarta-feira e fecharam no vermelho novamente. As perdas ocorreram após a frustração em um leilão de bônus realizado pelo governo alemão para captar recursos no mercado financeiro e de um indicador registrar retração na atividade industrial do gigante asiático .

Segundo o governo alemão, o lançamento de 6 bilhões de euros (cerca de US$ 8,1 bilhões) em títulos soberanos para vencer em 10 anos teve apenas 60% da demanda esperada. O resultado surpreende porque o país germânico é visto atualmente como um dos poucos “portos seguros” para o capital financeiro num continente abalado por dificuldades tanto nas nações “periféricas” quanto nos membros de maior relevância econômica. “O leilão de títulos do governo alemão foi realmente um grande golpe, e mostra que a crise está agora totalmente no centro da Europa”, afirmou Steen Jakobsen, economista chefe do Saxo Bank, em nota a investidores. Em um comunicado oficial, o Executivo alemão culpou “o ambiente extraordinariamente nervoso do mercado financeiro”.

Na Ásia, a atividade manufatureira na China registrou em novembro a maior queda desde março de 2009, segundo o índice PMI preliminar do banco HSBC. O indicador ficou em 48 este mês, contra 51 em outubro. Foi o pior número desde março de 2009 e abaixo da previsão de queda a 50,1. Um resultado superior a 50 indica uma expansão da atividade, enquanto o índice abaixo de 50 representa contração.

A bolsa de Frankfurt caiu 1,44%. Em Milão, a queda foi de 2,59% . A bolsa de Londres registrou baixa de 1,29% e a de Paris, 1,68. As bolsas americanas tiveram o mesmo desfecho. Dow Jones caiu 1,43%, S&P, 1,54% e Nasdaq, 1,81%. No mercado doméstico, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não teve escapatória e sucumbiu à queda das bolsas internacionais. O Ibovespa encerrou o dia com retração de 1,62%, aos 54.972,08 pontos, menor nível desde 20 de outubro (54.009,98 pontos).

Pressão francesa

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, declarou nessa quarta-feira que a Zona do Euro precisa de uma integração mais profunda, indicando que pressionará, em conjunto com a chanceler alemã Angela Merkel, por uma coordenação maior das políticas fiscal e orçamentária dentro da união monetária. "Os 17 países da Zona do Euro devem ficar mais integrados", declarou Sarkozy.

A declaração de Sarkozy vêm à tona apenas um dia antes de uma planejada reunião com Merkel e o novo primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, em Estrasburgo, onde discutirão questões referentes à União Europeia (UE).


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