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Estado de Minas

Rumo da greve dos Correios será decidido nesta quarta-feira

Sindicato mineiro acredita que proposta será rejeitada em assembleia


postado em 05/10/2011 09:48 / atualizado em 05/10/2011 10:31

Funcionários em greve realizam durante manifestação em frente ao Tribunal Superior do Trabalho em Brasília(foto: Ed Alves/Esp. CB/D.A Press)
Funcionários em greve realizam durante manifestação em frente ao Tribunal Superior do Trabalho em Brasília (foto: Ed Alves/Esp. CB/D.A Press)

Os rumos da greve nacional dos Correios que já dura 21 dias, serão discutidos nesta quarta-feira pelas assembleias que serão realizadas por 35 sindicatos regionais em todo o país. Se a proposta for aprovada por 18 sindicatos, o movimento grevista chegará ao fim na quinta-feira. Ontem, depois de quase quatro horas de negociação, mediada pela ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi, os trabalhadores prometeram analisar a proposta da estatal de reajuste de 6 87% a partir de 1º de agosto e aumento linear de R$ 80 a partir de 1º de outubro.

Em Belo Horizonte, a categoria está concentrada desde o início da manhã no Correio Central, na Avenida Afonso Pena. O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Similares do Estado de Minas Gerais (SINTECT-MG), Robson Silva, acredita que a proposta feita pelos Correios não será aceita no estado e que a greve deve continuar por tempo indeterminado. "Vamos rejeitar a proposta, principalmente porque eles (Correios) querem descontar os dias parados em forma de trabalho nos fins de semana", disse.

Na prática, o impacto total na base salarial da categoria será de 16,78% a partir de outubro, o que representa um aumento real de 9,9%. Os Correios também oferecerão aos trabalhadores um seguro-medicamento, que dará direito à compra de remédios com desconto e ressarcimento do valor gasto com medicamentos, entre outros benefícios. O valor do reembolso ainda não foi fechado.

Em relação ao desconto dos dias parados, a proposta acordada prevê que a empresa devolva os seis dias que já foram descontados dos trabalhadores em folha de pagamento suplementar até a próxima segunda-feira. Posteriormente, a empresa poderá fazer novamente o desconto na proporção de meio dia de trabalho por mês, mas o trabalhador terá a opção de ter o desconto em um prazo menor.

Os outros 15 dias de greve que não foram descontados dos trabalhadores deverão ser compensados com trabalho extra nos fins de semana e feriados, de acordo com a necessidade da empresa, até o segundo domingo de maio de 2012. A empresa deverá convocar os funcionários para o trabalho extra com no mínimo 72 horas de antecedência.

O secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), José Rivaldo, disse que espera uma negociação e o fim da greve. "Mas não adianta eu sair em defesa da proposta, quem vai decidir são os trabalhadores", disse. Ele afirmou ainda que a decisão sobre a greve deve sair no fim da tarde desta quarta-feira.

A greve dos Correios tem a adesão de 32% dos 109 mil funcionários, segundo a direção dos Correios. Os serviços Sedex 10, Sedex Hoje e Disque-Coleta, que têm prazo para entrega, estão suspensos por tempo indeterminado.


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