Cerca de cinquenta agências bancárias públicas e privadas localizadas no Centro de Belo Horizonte aderiram à greve nacional dos bancários e estão fechadas nesta terça-feira, de acordo com informações do Sindicato dos Bancários de BH e Região. Segundo sindicato, algumas agências do Bairro Floresta, Região Leste da capital, também não abriram as portas nesta terça-feira. A expectativa da categoria é de que a greve atinja 50% das agências nesse primeiro dia de paralisação.
Durante todo o dia, os grevistas fazem manifestação 'pacífica' na frente das agências de bancos públicos e particulares de Belo Horizonte, com objetivo de fazer com que os bancários que ainda não aderiram à greve apoiem o movimento. Às 14h desta terça-feira, está programada uma 'assembleia de avaliação', onde será discutida os rumos da greve e o levantamento do número de agências bancárias da Grande BH e do interior que aderiram ao movimento.
Reivindicações
Os bancários reivindicam 12,8% de reajuste, sendo 5% de ganho real, e aumento do piso para R$ 2.297,51 (segundo os trabalhadores, pela proposta da Fenaban, o piso subiria para R$ 1.350,00). O PLR pedido é de três salários acrescidos de R$ 4,5 mil, além de ampliação do sistema de segurança nas agências.
Em nota, a Fenaban diz que a proposta dos bancos contempla pelo oitavo ano consecutivo correção de salário com aumento real e inclui pisos salariais elevados para uma jornada reduzida. A entidade ressalta que se manteve aberta ao diálogo e apresentou duas propostas econômicas em apenas uma semana. "Por isso, a iminente possibilidade de greve é considerada fora de propósito".
Brasil
A greve nacional dos bancários iniciada nesta terça-feira recebeu adesão de funcionários nos 25 Estados e no Distrito Federal, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). O único Estado sem greve é Roraima, que deve decidir sobre a adesão ao movimento durante assembleia na noite de hoje.
Os bancários entraram em greve após a quinta rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), ocorrida na sexta-feira, em São Paulo, quando foi recusada a segunda proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Anteriormente, os bancos haviam oferecido reajuste de 7,8%.
A categoria quer reajuste de 12,8% (5% de ganho real mais a inflação do período), valorização do piso, maior participação nos lucros, mais contratações e fim da rotatividade, entre outros pedidos.