Os empresários do setor de serviços tornaram-se mais cautelosos ante as sucessivas revisões para baixo das estimativas de crescimento para a economia brasileira em 2011. A análise partiu do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Silvio Sales, ao comentar o recuo de 1,3% no Índice de Confiança de Serviços (ICS) em agosto.
Dos sete setores pesquisados pela fundação, cinco mostraram recuo na confiança em agosto. Os que mais contribuíram para a retração no indicador foram serviços de informação e serviços prestados às empresas.
Atualmente, as projeções macroeconômicas apontam para aumento nas expectativas inflacionárias; e redução nas estimativas para o nível de atividade, nos próximos meses. Favorecido por demanda interna ainda aquecida, com emprego e renda ainda em patamares elevados, o setor de serviços ao longo de 2011 permaneceu relativamente otimista.
Para os próximos resultados do ICS, o especialista projeta cenário de "confiança moderada". Isso porque as condições que deram o tom de desaceleração mais nítida na economia brasileira devem prosseguir por algum tempo. "Podemos dizer que a atividade do setor de serviços deve operar ainda em alta, e acima do ritmo médio da economia brasileira; mas em ritmo mais fraco do que o demonstrado no passado", resumiu.