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Estado de Minas

BNDES se prepara para ser sócio da Foxconn no Brasil

Ainda não há prazo definido para o início do projeto da nova fábrica, e sua localização também é incerta


postado em 02/09/2011 09:51 / atualizado em 02/09/2011 10:20

O BNDES se prepara para virar sócio da Foxconn no principal investimento da gigante taiwanesa no Brasil, a fábrica de telas de toque - o componente mais importante dos tablets -, informou o ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia). O valor do investimento do governo ainda não está definido, segundo as negociações, que correm em sigilo.

“O governo vai ter de entrar com uma parte desse investimento, mas tudo o que estiver ao nosso alcance para trazer o investimento, vamos fazer”, afirmou o ministro.

Ainda não há prazo definido para o início do projeto da nova fábrica, e sua localização também é incerta. Nessa fase das negociações, o governo busca reunir dois tipos de sócios brasileiros para o investimento - estimado em US$ 8 bilhões, dos US$ 12 bilhões que a Foxconn teria prometido investir no Brasil.

Parte dos sócios deve ter o perfil de indústrias tecnológicas, para absorver a tecnologia de produção das telas de toque. O governo também busca sócios privados “com musculatura financeira” para entrar no negócio com a Foxconn. “Temos de compor um bloco de investidores, com força financeira e tecnológica.”

A partir da capacidade de investimento desses sócios, será calculada a parcela do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social no negócio. Segundo o ministro, trata-se de uma operação “altamente complexa”.


Oportunidades

O Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) já participa das negociações, ao lado de uma consultoria internacional contratada pelo Ministério de Ciência e Tecnologia para avaliar as oportunidades do Brasil nos investimentos da chamada fronteira tecnológica.

As telas de toque, também conhecidas como telas planas de filme fino, as TFT (thin film technology), são produzidas em apenas quatro países do mundo: China, Taiwan, Coreia e Japão. “Em todos esses países, o Estado entrou fortemente, o mercado sozinho não resolveu”, disse Mercadante, sobre a necessidade de participação estatal em investimentos com alta tecnologia.

As telas de toque são usadas em smartphones e televisões, além dos tablets, e são o componente mais sofisticado desses aparelhos. A ideia do governo é atrair outras indústrias associadas à produção de componentes, na sequência da primeira fábrica de telas de toque. “As telas são o primeiro módulo de uma cadeia, o mais complexo e o mais difícil”, destacou Mercadante.

O ministro não informou quanto a Foxconn estabeleceu como valor mínimo de uma contrapartida financeira brasileira para a construção dessa fábrica, que será a segunda da empresa de Taiwan no Brasil.


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