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Estado de Minas

Em tempos de turbulência global, analistas dizem que aplicações devem ser mantidas


postado em 14/08/2011 07:05 / atualizado em 14/08/2011 08:28

(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Diante da instabilidade econômica vivida pelo mercado financeiro e das fortes perdas que assolam as bolsas de valores mundo afora, investidores mais conservadores devem avaliar o momento atual como o pior para sair da poupança em busca de novas alternativas de aplicação. Considera a opção mais segura, a boa e velha poupança parece ser o porto seguro em momentos de altos e baixos. Especialistas contestam esta premissa e calculam que a caderneta rendeu, até julho, 3,71%, em um cenário de inflação acumulada de 4,04%, o que significa que, em vez de rendimentos, o registro é de perdas.

Para abrir os horizontes dos investidores quanto aos destinos mais prováveis para suas economias, o Estado de Minas elaborou, com o auxílio de especialistas, uma relação das opções de aplicação por faixa de recursos disponíveis. Para iniciar a diversificação, muito aconselhada para proteger as finanças das bruscas oscilações de mercado, não é preciso fazer grandes aportes iniciais. Com apenas R$ 100, é possível dar início a uma carteira que não se restrinja apenas à caderneta de poupança (veja quadro). “É importante frisar que não é para a pessoa alocar todos os recursos em uma única opção, mas tentar diversificar, de acordo com a faixa, entre as alternativas apresentadas”, pondera o sócio da corretora V10 Investimentos, Lucas Roque.

Para o diretor acadêmico da XP Educação, Sílvio Hilgert, o primeiro passo a ser dado é o de conhecimento das opções de investimento. “É fundamental saber como entrar, sair, custos operacionais, se a taxa é pré ou pós fixada, se incide imposto de renda, se um fundo tem ativo de renda variável. Entender bem a operação é o melhor caminho”, explica. Ainda faz parte dos primeiros passos, a descoberta do próprio perfil do investidor. “A pessoa deve saber se ela está mais propensa ao risco e também o fim que será dado ao dinheiro que ela está aplicando. Se é para longo prazo, para comprar um bem, viajar ou aposentar. A partir daí, é a hora de escolher os produtos e definir a estratégia de investimento”, avalia.

Investidor há mais de 10 anos, o médico João Flávio Machado Derzi começou a correr atrás de informações sobre o universo dos investimentos depois de sofrer com algumas decisões erradas. “Acho importante a pessoa ter essa noção. Muitas vezes eu seguia as sugestões da corretora sem mesmo saber o porquê e nem sempre era o melhor caminho”, lembra.

Assim como os analistas, ele garante que, para entrar com o pé direito, é preciso conhecer o mercado. “É preciso saber onde estão os riscos”, avisa. Com um perfil agressivo, Derzi possui todo o seu capital em renda variável e vê na idade o momento certo de arriscar. “Quanto mais novo, maior a possibilidade de direcionar o dinheiro para renda variável porque é possível esperar o mercado se recuperar”, avalia.

De olho nos custos

O head do private banking do Banco Fator, Rodrigo Marcatti, destaca a taxa de administração como um fator de grande peso na rentabilidade. “Uma redução de 0,08% ao mês de taxa representa economia anual de 1%, o que pode representar quase 10% de todo o rendimento do período”, exemplifica. Uma boa solução para investidores com aportes mais modestos, que cheguem a até R$ 10 mil, é buscar bancos de investimentos de porte menor, que cobram tarifação reduzida.

Também é aconselhável pesquisar os custos de custódia e corretagem. “Há opções de títulos do tesouro a partir de R$ 1 mil que, apesar de não ter taxa de administração, tem custódia e corretagem. Portanto, é preciso pesquisar a corretora que cobra menos”, aconselha Marcatti.

A liquidez do ativo, ou seja, a velocidade com que o recurso pode ser resgatado da aplicação, é outro ponto a ser considerado, principalmente se a pessoa vislumbra a utilização do recurso no curto prazo. “Se este é o único capital que a pessoa tem, deve dar maior importância à liquidez indo para os títulos públicos e CDB, por exemplo”, alerta o analista do Fator.


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