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Estado de Minas

Ampliação da cobertura pode elevar preços dos planos de saúde

Com o expansão do rol de novos procedimentos que passam a valer em 1º de janeiro de 2012, ainda está indefinido se vai ocorrer aumento de preços dos convênios médicos


postado em 04/08/2011 06:00 / atualizado em 04/08/2011 08:22

 

Ampliação da cobertura de planos de saúde pode representar alívio para quem precisa de atendimento, mas também dor de cabeça quando o assunto é o bolso do consumidor. Afinal, há dúvidas ainda se a boa notícia será ou não acompanhada de mais um aumento. Ontem foi dia de as operadoras começarem a fazer as contas para ver os impactos da nova lista de coberturas obrigatórias publicada pela Agência Nacional de Saúde (ANS) na terça-feira. Por enquanto, quem pagará os custos de mais 60 procedimentos prontos para entrar em vigor a partir de 1º de janeiro do ano que vem ainda é uma incógnita.

A ANS vai acompanhar o impacto financeiro para as operadoras durante um ano e, depois desse prazo, avaliará as consequências. A expectativa é de que não haja aumento de preços, a exemplo do último rol, publicado em 2009 e em vigor a partir do início deste ano. Foram 120 novos procedimentos, o dobro de agora, e nenhum impacto foi registrado no reajuste dos planos. Além disso, como a maioria das coberturas anunciadas são relativas a cirurgias por vídeo, a agência entende que, nessa situação, o paciente passa menos tempo no hospital, precisa de menos tempo de recuperação e há menos risco de infecções, o que, em tese, diminui os custos.
 
Para o superintendente-executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), Luiz Augusto Carneiro, o aumento no preço dos planos estará condicionado a um fator simples: se as operadoras já cobrem ou não esses procedimentos. “As maiores e melhores já adotam muitos deles, outras cobrem apenas o estritamente necessário e, para essa, o impacto será maior. Nesse caso, ou aumentam os preços ou vão arcar com os custos”, afirma. Segundo Carneiro, pesa ainda a região onde a operadora atua. “Em grandes cidades e, principalmente, nas regiões metropolitanas do Sudeste do país, o grau de competição é maior. Mesmo com aumento de custo, as operadoras optam por não repassá-lo ao preço, ou não tanto quanto deveriam, para não perder mercado”, ressalta.

Questionada sobre o problema, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) se limitou a informar, por meio de nota, que “uma vez aprovada a inclusão de um novo procedimento no rol da ANS, a legislação é rigorosamente cumprida pelas operadoras de planos de saúde”. Já a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge),também por meio de nota, informou que, “mais uma vez, essa inclusão será feita sem qualquer pagamento ou retribuição financeira para os planos de saúde” e que os custos serão calculados pela ANS apenas em 2013. Em Belo Horizonte, a Unimed-BH alegou que não pode comentar ainda os impactos financeiros, pois está fazendo os cálculos relativos a 10 procedimentos listados pela ANS que não constavam na consulta pública. A Amil informou que não se pronunciará sobre o assunto.

Felicidade

Larissa Drazger com a nutricionista Silvana Portugal: custo menor com a aprovação de mais consultas (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Larissa Drazger com a nutricionista Silvana Portugal: custo menor com a aprovação de mais consultas (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Polêmica à parte, felicidade para a estudante Larissa Heilbuth Drazger, de 20 anos. Ela descobriu a diabetes há sete anos e precisa de consultas mensais com endocrinologista e nutricionista para o controle da dieta. O primeiro profissional é coberto pelo plano, mas os gastos com o outro saem do bolso dos pais. A partir de janeiro, quem tem diabetes e usa insulina diariamente, como é o caso de Larissa, ou está no primeiro ano do diagnóstico, terá direito à cobertura. “Troco constantemente de profissional, pois não conseguimos bancar os custos. Pago R$ 150 por cada sessão, mais o plano de saúde”, diz.

Freio nos boicotes

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) cassou a liminar que permitia a médicos boicotar planos de saúde. A decisão, de 28 de julho, foi divulgada ontem. A queda de braço começou em abril deste ano quando médicos deixaram de atender pacientes com consultas e procedimentos marcados. Em maio, o Ministério da Justiça adotou medidas impedindo os profissionais vinculados a planos de saúde de fazer cobranças adicionais sobre o valor das consultas ou não atender os segurados. Os médicos tinham conseguido na Justiça suspender as restrições. Com a nova decisão judicial, voltam a valer as regras antigas, incluindo multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento.


Principais novidades
» Cirurgias por vídeo
São 41 novos procedimentos cobertos por este método, entre eles colecistectomia com fístula biliodigestiva e cirurgia bariátrica

» Exames
São 13 novas modalidades, incluindo análise molecular de DNA dos genes EGFR, K-RAS e HER-2

» Promoção da saúde e prevenção de doenças
ampliados os números de Consultas para nutricionistas e indicações para terapia ocupacional. Também foi incluído exame diagnóstico para câncer de mama (marcação pré-cirúrgica por estereotaxia, orientada por ressonância magnética)

» Novos tratamentos
destaque para o ocular quimioterápico com antiangiogênico, angiotomografia coronariana, implante de anel intraestromal, além do pet-scan oncológico e da oxigenoterapia hiperbárica


Confira a lista dos novos procedimentos autorizados pela ANS

 


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