
Na pesquisa, os entrevistados foram divididos em quatro grupos, de acordo com a renda per capita: até R$ 296,00; de R$ 296,00 a R$ 571,00; de R$ 571,00 a R$ 1.089,00; e mais de R$ 1.089,00. De acordo com o IBGE, o consumo diário de vários itens que constituem uma dieta saudável diminui à medida que a renda familiar per capita aumenta.
No caso do arroz, a ingestão diária foi de 168,1 gramas nas famílias com renda per capita até R$ 296, enquanto que na faixa acima de R$ 1.089 caiu para 129,7 g. O mesmo padrão foi verificado no caso do feijão, que registrou consumo diário de 195,5g para a faixa de renda per capita inferior e de 127,5g para a faixa mais alta.
No entanto, o consumo diário de algumas frutas e verduras foi maior conforme o aumento da renda per capita. No caso da banana, a ingestão foi de 15,4 g pela faixa de renda até R$ 296,00, enquanto a faixa acima de R$ 1.089,00 consumiu diariamente 24 8g. O mesmo padrão foi verificado com a maçã, que teve consumo de 5,9 g na renda mais baixa e de 18,3 g na renda mais alta; com a salada crua, de 7,9 g e 21,8 g; e com o tomate, de 3,7 g e 10 0 g. A ingestão de leite desnatado também foi menor entre a classe mais baixa, 1,8 g (cerca de 1,8 mililitro), e maior entre a classe mais alta, 9,4 g, (em torno de 9,4ml).
Já o consumo diário de alguns tipos de alimentos que indicam uma dieta inadequada também aumentou com a renda. Os doces à base de leite foram menos consumidos pela faixa de renda mais baixa, 4,8 g, e mais ingeridos pela faixa superior, 7,6 g. O fenômeno foi observado ainda na ingestão de refrigerantes, 54,3 g (ou 54,3 ml) pela classe mais baixa, e 135,1 g (ou 135,1 ml) pela classe mais alta; pizzas, 0, 7g e 11,0 g; e salgados fritos e assados, 6,3 g e 16,6 g.
