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Estado de Minas

BH tem o menor desemprego entre sete capitais do país


postado em 27/07/2011 19:34 / atualizado em 27/07/2011 19:54

A taxa de desemprego na Grande BH em junho é a menor para o mês desde 1995, início da série histórica da Pesquisa de Emprego e Desemprego, elaborada pela Fundação João Pinheiro, em parceria com o Dieese. O estudo mostra que, no mês passado, o índice de desemprego foi de 7,7% da população economicamente ativa, ou o equivalente a 188 mil pessoas, colocando BH e as cidades do entorno com o menor índice entre as sete regiões metropolitanas pesquisadas. A taxa se aproxima da marca mais baixa registrada nos últimos 16 anos. Em dezembro do ano passado, o desemprego foi de 7,1%, mas o período é marcado pela contratação temporária de vendedores para o Natal.

Apesar de o desemprego ter registrado queda de 0,5% no comparativo com maio, o que impulsionou a redução não foi o aumento do número de pessoas ocupadas e, sim, o volume menor de trabalhadores à procura de vagas. O número de ocupados caiu 0,4% em relação ao mês passado, o equivalente a 9 mil pessoas. Três setores foram os principais responsáveis pela diminuição: comércio, com redução de 19 mil vagas (-5,4%); construção civil, que teve o fechamento de 12 mil postos de trabalho (6,2%) e indústria, com menos 4 mil contratados (-1,3%). Em contrapartida, o setor de serviços teve leve alta, com aumento de 20 mil vagas (1,6%), assim como outros setores, mais 6 mil (4,1%).

O coordenador técnico da pesquisa pela Fundação João Pinheiro, Plínio Campos, explica que a redução da população economicamente ativa está ligada ao fim dos efeitos da crise econômica de 2008, quando trabalhadores de cidades da Região Central de Minas, como Sete Lagoas e Itabira, recorreram à Grande BH para procurar empregos. "Houve reaquecimento e agora eles voltaram a buscar emprego lá", diz Campos, referindo-se ao interior.

Outro fator relevante para explicar a queda na procura é que, segundo o pesquisador, com a melhoria da economia, jovens e mulheres estão preferindo ficar em casa a ocupar vagas pouco atrativas. "O jovem não vai se desesperar mais para entrar no primeiro emprego. Ele pode se qualificar mais para quando entrar no mercado disputar uma vaga mais atraente. Enquanto as mulheres podem optar por ficar em casa e administrar as questões domésticas, em vez de pagar para trabalhar", afirma Campos.

Há vagas

Um dos setores mais afetados é o comércio, que, tem tido dificuldades para contratar pessoas com experiência. Desde a abertura da loja Tam Viagens, no Pátio Savassi, no ano passado, cinco vendedores saíram e agora a empresa procura seis novos funcionários para a franquia do Minas Shopping. "Analisamos dezenas de currículos e ninguém é formado em turismo", diz a gerente da loja do Pátio Savassi, Rafaela Manini.


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